Um estudante que pratica Wresler, uma categoria de luta como atividade extracurricular foi punido pelo árbitro de um embate depois de ajoelhar-se por dois segundos e fazer uma breve oração antes de entrar no tatame.
O caso ocorreu no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e a equipe jurídica da Aliança de Defesa da Liberdade (ADF na sigla em inglês) está cobrando explicações sobre o motivo da perda de um ponto por parte do atleta Nicholas Fant.
Segundo a carta enviada por David A. Cortman, um dos advogados da ADF, à Associação de Atletismo do Ensino Médio da Carolina do Norte (NCHSAA), é necessário explicar a violação dos direitos “religiosos depois de um lutador foi penalizado por um reconhecimento a Deus de dois segundos antes de uma partida”.
O advogado ressalta que a entidade tem “o dever constitucional de proteger o direito dos alunos à liberdade de expressão e religião previstos na Primeira Emenda” da Constituição Federal.
O documento foi enviado a Allison Sholar e Whitfield Davis, membros do Conselho da NCHSAA, e cobra uma postura sobre a penalização sofrida por Nicholas Fant no dia 13 de fevereiro, segundo informações do WND.
“Nós não acreditamos que o NCHSAA cumprido esse dever, neste caso, e encontramos os comentários feitos pelo Sr. Whitfield em apoio a decisão do árbitro profundamente preocupantes”, diz o texto na carta enviada pela ADF, que garantiu que irá tomar medidas “para garantir que o direito dos estudantes para expressar a sua fé em eventos da escola de atletismo será respeitado no futuro”.
A entidade de defesa da liberdade afirmou ainda que o atleta havia “praticado suas orações durante toda a temporada sem incidentes”, e que “as ações do árbitro da NCHSAA violou a Primeira Emenda e o direito à liberdade de expressão e liberdade de religião”.
Nos Estados Unidos, o atleta cristão Tim Tebow (foto), que disputa da Liga de Futebol Americano (NFL) é conhecido por ajoelhar e orar antes das partidas e após a conquista de touch-downs, e tornou-se uma mania nacional apelidada de “Tebowing”.
Para Cortman, o fato de o atleta “estar ajoelhado para uma oração de dois segundos antes do início de sua partida não era obviamente algum tipo de tática de atraso, mas uma genuína expressão de devoção religiosa”. O advogado ressaltou ainda que “outros lutadores levam dois segundos acenando ou apertando as mãos dos adversários, e essas coisas nunca são penalizadas”, disse ele.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+