A depressão continua sendo um dos maiores problemas de saúde na atualidade. Diferentemente de outro tempo, em que era vista com muito preconceito, também, entre os cristãos, hoje essa doença de ordem mental é mais compreendida e tratada de forma mais adequada no meio religioso.
Apesar disso, ainda é um desafio compreender e trabalhar os casos de depressão que surgem na igreja e quem falou sobre isso foi a escritora conhecida mundialmente Sheila Walsh.
Walsh é uma escritora de sucesso mundial, cristã e palestrante. Em seu novo lançamento, chamado “It’s Okay Not To Be Okay: Moving Forward One Day At A Time” (“Tudo bem não estar bem: Seguindo em frente um dia de cada vez”), ela aborda como a depressão é uma realidade que precisa ser encarada com honestidade pelos cristãos, inclusive pastores.
Em uma entrevista para o Christian Post, a autora relatou como ela mesma precisou lutar contra a depressão, 26 anos atrás:
“Eu sabia como ser um bom rosto e me isolar das pessoas. Eu estava cercada de pessoas, uma líder de ministério, mas tão desesperadamente solitária e deprimida. Até aquele momento, eu busquei tanto do amor de Deus, mas quando me vi em um hospital psiquiátrico me senti derrubada”, disse ela.
Walsh falou dos sentimentos que cercam a pessoa depressiva, como a sensação de isolamento, abandono e desesperança, como se nada mais fizesse sentido e importasse. Ela disse que, diferente do que muitos imaginam, esse não é o problema espiritual, mas de saúde mental.
“Dizemos que há falta de fé ou confiança em Deus, dizemos a elas para se unirem. Mas não é falta de fé, é uma falta de substâncias químicas em seu cérebro para poder funcionar bem”, disse a autora. “A medicação corrige as substâncias químicas em seu cérebro, permitindo que você funcione bem e seja quem Deus criou você para ser”, destaca.
Walsh explicou que através dos conflitos aprendeu a desenvolver um relacionamento íntimo com Deus, pois viu que orar a Ele não depende de formalidades, mas de uma prática diária. Isso lhe fez se aproximar mais do Senhor. Ela também pontuou que até pastores podem enfrentar problemas de depressão, mas que isso não deve ser motivo de vergonha.
“Precisamos simplesmente começar a ter essa conversa, reconhecendo que isso é um problema. Precisamos dizer aos nossos pastores: ‘Por favor, não se envergonhem, por favor, não desistam, a ajuda está disponível'”, disse ela.