Ted Cruz é um evangélico que cumpre mandato como senador dos Estados Unidos e disputou a indicação do Partido Republicano com Donald Trump em 2016. Diante da atual crise causada pela pandemia, o político do Texas afirmou que os mandatários que desejam manter igrejas fechadas “odeiam a fé”.
A declaração do senador, que chegou a estar à frente de Trump nas intenções de voto em 2016, foi feita durante uma videoconferência feita com representantes do First Liberty Institute, uma entidade que se dedica a defender a liberdade religiosa nos Estados Unidos.
Ted Cruz, conservador, declarou que essas medidas, em geral, partem de adeptos da ideologia progressista e/ou comunista: “Existem esses políticos de esquerda que odeiam a fé, que têm uma antipatia visível por pessoas de fé, por cristãos, por judeus observadores, por alguém para quem a fé é algo real e tangível em suas vidas”, declarou.
Essa crise de saúde – como qualquer calamidade – revelou o caráter de muitos políticos, comentou o senador, argumentando que alguns de seus colegas agiram como “autoritários de botas”, tendo como alvo grupos religiosos enquanto medidas de bloqueio permanecem em todo o país.
“Implementar restrições razoáveis à saúde pública é uma coisa. Outra coisa é atropelar arbitrariamente a liberdade”, posicionou-se Ted Cruz, acrescentando como exemplo o caso do prefeito de Nova York, Bill de Blasio (Partido Democrata), que no mês passado ameaçou fechar permanentemente igrejas que violassem as restrições municipais aos cultos.
O portal Faithwire consultou o advogado e ex-deputado estadual do Texas Rick Green sobre o motivo pelo qual os cidadãos precisam conhecer seus direitos constitucionais durante situações em que o confinamento é ordenado pelas autoridades.
“Não estamos dizendo que o governo não deve fazer nada”, ponderou Green, observando preocupações com o excesso de alcance do contágio. “Não estamos dizendo apenas ignorar isso. O governo é uma instituição criada por Deus. Ele tem um papel adequado e, quando está dentro dos limites adequados, é uma bênção para nós, o povo”.