Um carro-bomba explodiu em um subúrbio de Damasco nesta segunda-feira (3) no bairro que é conhecido por ser majoritariamente druso e cristão. O número estimado de mortos, segundo o Comitê de Coordenação Local (CCL) foi de quatro mortos, entre eles uma mulher e uma criança.
Com os frequentes ataques a diversas regiões na capital e outras cidades sírias como Aleppo, e diversos outros povoados, a população acuada está realizando uma fuga em massa para países vizinhos, como a Jordânia.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório em que estima que mais de 100.000 pessoas abandonaram a Síria para refugiar-se nos países vizinhos no mês agosto. O número configura-se o maior êxodo mensal desde o início dos conflitos gerados pelos protestos contra o ditador Bashar Al Assad, em março de 2011.
No mês de setembro mais de mil sírios cruzaram a fronteira sul do país para buscar refúgio na Jordânia. Já na fronteira norte mais de oito mil pessoas esperam que as autoridades turcas permitam a entrada no país.
Segundo a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Melissa Fleming, que falou à agência Efe, “mil pessoas é um número altíssimo, mas temos que dizer que esperamos que o fluxo seja ainda maior”, prevê.
Segundo a ONU, o aumento da onda de violência a cada dia torna a vida dos civis bastante difícil. “Os civis comuns homens, mulheres e crianças estão sem condições de suportar o impacto da violência”, diz o relatório.
De acordo com o relatório, o aumento no número de postos de controle militares, bloqueios de estradas e fechamentos de estradas afeta as condições para ajudar as pessoas necessitadas.
A comunidade cristã, que soma 1,5 milhão de pessoas, teme por seu futuro, pois, com a possível queda de Bashar al-Assad e a tomada de poder por um governo provavelmente islâmico eles sejam privados da liberdade de culto no país árabe. Os cristãos locais gozam de uma liberdade religiosa pouco comum nos países do Oriente Médio. segundo o Charisma News. 90% da população da Síria é de muçulmanos.
Além da fuga em massa do território Sírio, 310 mil pessoas saíram de suas cidades em busca de abrigo em municípios do próprio país. O total de deslocados internos já soma 1,5 milhão de pessoas.
Como forma de ajuda, a Acnur entrega às famílias dinheiro em espécie para que possam encontrar alojamento e possam sair dos prédios públicos, onde geralmente se refugiam.
O conflito sírio teve início em marco de 2011, quando militantes de oposição ao regime de Assad exigiram sua renúncia e transição política no país. O em
Estimativas da ONU apontam que 10 mil mortes desde que a Guerra civil começou em março de 2011. Outros informes chegam a números de 17 mil pessoas.
Fonte: Redação Gospel+