A divulgação de uma matéria por um jornal italiano alegando que o papa Francisco teria um tumor benigno no cérebro causou alvoroço entre os católicos na última quinta-feira, 22 de outubro, e obrigou o Vaticano a desmentir a informação.
De acordo com o diário Quotidiano Nazionale, o pontífice católico vinha sendo atendido pelo médico japonês Takanori Fukushima, um especialista com reconhecimento mundial por seu trabalho na área de tumores cerebrais e aneurismas.
Na matéria, o jornal aponta que “provavelmente no final do mês de janeiro”, Fukushima teria ido ao Vaticano de helicóptero para fazer uma avaliação da saúde do papa, e teria encontrado uma pequena mancha escura nos exames, o que indicaria um tumor benigno tratável.
O boato se espalhou rapidamente entre os meios de comunicação e causou alvoroço entre fiéis católicos, obrigando o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a se pronunciar oficialmente, negando a informação.
“A circulação de uma notícia completamente infundada sobre a saúde do Santo Padre por um jornal italiano é gravemente irresponsável e não merece atenção”, afirmou, de acordo com informações das agências de notícia internacionais. “Além disso, como é claramente evidente, o papa continua sua atividade bastante intensa de forma totalmente normal”, acrescentou.
Mesmo com a negativa do Vaticano, o jornal italiano manteve a notícia, afirmando ter certeza da informação. Uma informação da agência italiana de notícias ANSA reiterou parte da publicação do jornal, confirmado que o médico japonês viajou ao Vaticano de helicóptero para consultar o papa.
O diretor do jornal, Andrea Cangini, comentou que já esperava o desmentido por parte da Santa Sé: “Escrevemos hoje, baseando-nos em fontes seguras, que o papa Francisco tem um tumor no cérebro e até ontem perguntamo-nos se seria lícito violar de forma tão evidente a privacidade de um homem”, escreveu Cangini, que assinou o editorial do diário.
Alheio às especulações e desmentidos, o papa dirigiu sua audiência geral semanal diante de dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, sem mencionar direta ou indiretamente qualquer coisa relacionada à publicação sobre sua suposta doença.