A situação dos cristãos na Nigéria se complica a cada dia, com a ação do grupo extremista Boko Haram, que prega a extinção do cristianismo no país e o completo rompimento com a cultura ocidental. No mais recente relatório sobre a calamidade promovida pelos muçulmanos foi revelado que mais de 900 igrejas já foram destruídas nos ataques.
O grupo radical atua no norte da Nigéria, e de acordo com a Associação Cristã da Nigéria (CAN, na legenda em inglês), a matança de cristãos vem acontecendo de forma consistente e impune nas regiões de Kaduna, Plateau, Benue e Taraba.
A perseguição organizada sob a bandeira do Boko Haram começou em 2009, e segundo o jornal Daily Post, o governo nigeriano está sendo pressionado pela CAN para que forneça segurança aos cristãos da região. O pedido foi reiterado pela entidade International Christian Concern.
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Além do pedido de proteção aos cristãos, a CAN está se mobilizando para arrecadar fundos e ajudar na reconstrução dos 900 templos. O presidente da ala jovem da CAN, Musa Misal, participou de uma reunião com a direção da entidade para montar uma estratégia de ação com o propósito de prestar suporte aos perseguidos.
“Os cristãos continuam a ser o alvo principal e constante de radicais islâmicos, como o Boko Haram e os militantes Fulani sem qualquer esperança de serem protegidos verem a justiça agir com firmeza contra esses crimes”, lamentou a International Christian Concern em nota, fazendo referência também aos muçulmanos Fulani, que já ceifaram a vida de mais de 800 cristãos e muçulmanos moderados no segundo semestre de 2016.