Em uma nova ofensiva contra o Boko Haram, o exército nigeriano resgatou 338 mulheres e crianças de um cativeiro mantido pelos extremistas muçulmanos no nordeste do país.
O anúncio do resgate foi feito na última quarta-feira, 28 de outubro, pelas autoridades nigerianas. Na operação militar, 30 extremistas foram mortos, e uma grande quantidade de armas e munições foram apreendidas. Dentre os reféns resgatados estavam 192 crianças e 146 mulheres.
O local usado pelo Boko Haram para manter essas pessoas em cativeiro ficava na região de Sambisa, conhecida por ser um reduto dos extremistas muçulmanos. Cidades como Bulajilin e Manawashe foram percorridas pelos soldados e revistadas atrás de locais onde o grupo terrorista pudesse manter reféns e armas.
De acordo com informações do G1, o Boko Haram é oriundo de uma seita fundada por Mohammed Yusuf, que tinha como objetivo atrair os jovens da Nigéria para seu culto, com pregações fundamentalistas.
O grupo de religiosos cresceu e formou o Boko Haram, uma espécie de braço militar da seita, que quer a derrubada do governo para estabelecer um califado, regido pela sharia, além de abolir a influência ocidental na educação da Nigéria, introduzida no país pelos colonizadores britânicos.
Dentre suas ideias, existe a forte pregação contra a permissão para que mulheres frequentem as escolas. Na visão de Yusuf, a influência ocidental é a fonte de todos os males do país.
O governo da Nigéria tem recebido apoio de militares norte-americanos, nas áreas de inteligência, para combater os extremistas. A meta estabelecida pelo presidente do país é desmantelar o grupo de maneira definitiva até dezembro deste ano, reestabelecendo a paz e pondo um fim à perseguição religiosa aos cristãos, que são maioria por lá.