A reportagem do jornal Folha de S. Paulo que levanta suspeitas de que o clã Bolsonaro obteve enriquecimento ilícito através da atividade política foi tema de um vídeo do pastor Silas Malafaia, que comentou a postura tendenciosa da imprensa brasileira.
Em defesa de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Malafaia contextualizou seu argumento afirmando que é “uma vergonha” a reportagem da Folha por “juntar o pai e os quatro filhos para tentar dar a ideia de grandeza” para o patrimônio dos envolvidos.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) também citou o caso em que ele mesmo foi alvo de ataques por parte da imprensa, como na ocasião em que a sucursal brasileira da revista norte-americana Forbes, especializada em grandes fortunas, o acusou de ser proprietário de um patrimônio de US$ 150 milhões.
Segundo Malafaia, “toda a imprensa” divulgou a versão da Forbes sem checar, e não deu ouvidos a ele quando foi à TV e mostrou sua declaração de Imposto de Renda. Na sequência, o pastor também lembrou que foi a “estrela” da Operação Timóteo, da Polícia Federal, em uma investigação de desvios de mais de R$ 70 milhões por ter recebido um cheque de R$ 100 mil de oferta de um dos envolvidos.
Depois de ilustrar os casos de parcialidade da imprensa, o pastor saiu em defesa do pré-candidato a presidente de forma mais enfática: “Bolsonaro é político há quase 30 anos ininterruptos. Quer dizer que ele não pode ter patrimônio? O próprio [Rodrigo] Janot, ex-procurador-geral da República, fizeram essa acusação contra o cara [Bolsonaro], ele mandou arquivar, não tem prova nenhuma”.
“Eu sou a favor de uma imprensa livre, mas não uma imprensa parcial”, pontuou Malafaia, acrescentando que “a maioria dos jornalistas têm tendências esquerdopatas”.
“Desse jeito a imprensa brasileira, que está com medo de Bolsonaro, vai acabar elegendo ele no primeiro turno”, apostou, fazendo referência ao fenômeno Donald Trump nos Estados Unidos, que foi atacado de forma enfática pela grande mídia e conquistou o posto de presidente na eleição em 2016, contra a ex-primeira-dama Hillary Clinton.