O relato da Bíblia Sagrada sobre a Torre de Babel diz que Deus espalhou os povos que intentavam chegar aos céus através da construção do edifício, confundindo-os através das línguas. Agora, uma descoberta científica pode comprovar que houve uma migração em massa da Ásia Oriental para a América do Norte.
Pesquisadores criacionistas da Universidade de Harvard descobriram um antigo material genético humano no Alasca, e publicaram um relatório a respeito do estudo na revista Nature, na última semana, com uma comparação do genoma extraído dos restos mortais de uma criança enterrada no Alasca há milhares de anos.
De acordo com informações do Christian Times, os pesquisadores acreditam que teve seus restos mortais descobertas foi enterrada há 11.500 anos, e faria parte de um grupo que chegou à região através de uma ponte terrestre congelada.
O material genético colhido foi sequenciado por uma equipe de pesquisadores das universidades de Copenhague e de Cambridge. O líder dos trabalhos foi o geneticista Eske Willerslev, que comparou o resultado dos exames com dados genéticos dos nativos modernos e antigos da Eurásia e das Américas.
Os pesquisadores observaram que o DNA da criança tinha mais em comum com os nativos americanos modernos, mas não com um antepassado direto da Ásia Oriental. Desas forma, os cientistas acreditam que os dois pontos de análise compartilham uma ascendência comum com pessoas que saíram da Ásia em direção à América do Norte através de uma ponte terrestre conhecida como Beríngia, que supõe-se tenha existido há cerca de 25 mil anos atrás.
Nathaniel Jeanson, um biólogo criacionista que analisou o relatório afirmou que a datação do DNA da menina não está exata, e ponderou também que outros detalhes da descoberta dão suporte ao relato do livro de Gênesis sobre a migração em massa provocada após a tentativa de construção da Torre de Babel.
A partir da cronologia bíblica, Jeanson sugere que o evento ocorreu há menos tempo que os 11.500 anos atribuídos pelos pesquisadores. Em entrevista ao portal The Baptist Press, disse que o estudo apresenta “mais evidências de que os nativos das Américas vieram da Ásia Oriental Central”, o que se torna “consistente com as Escrituras”.
O paleontologista Kurt Wise, professor de história natural na Universidade Truett McConnell, também sugere que os 11.500 anos de radiocarbonos citados no estudo “equivalem a muitos menos anos cronológicos (provavelmente mais próximos de 4.000 a 4.100 anos)”.
“Em termos relativos, as novas descobertas são consistentes com a dispersão de humanos de Babel”, concordou Wise, acrescentando que “esses restos são provavelmente de uma população de pessoas espalhadas por Babel”.