O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, minimizou a reação dos evangélicos esquerdistas contra o seu governo. Na semana passada, um grupo incluindo representantes de outras religiões protocolou um pedido de impeachment contra o governante, acusado de “política genocida“.
Na sua live semanal da quinta-feira, Bolsonaro destacou que o grupo de religiosos contra o seu governo é numericamente insignificante se comparado ao apoio que possui da ala conservadora.
Além disso, o presidente também apontou que tais lideranças já são conhecidas pelo comprometimento ideológico com a agenda de esquerda, o que torna a reação pró-impeachment algo previsível.
“Você pode ver como a imprensa noticia as coisas. Líderes religiosos assinam manifesto pedindo impeachment. Quem lê pensa que são líderes evangélicos […], mas não representam nem 1% dos evangélicos. São todos aqueles grupos religiosos de esquerda”, afirmou Bolsonaro.
“Temos muitas igrejas evangélicas conhecidas em todo mundo. E essas pessoas não estão nessa ação que pede o impeachment do presidente. E baseado no quê? Eu fico pensando, algum ato de corrupção nosso?”, questionou o presidente.
Na ocasião, Bolsonaro também rebateu a natureza dos pedidos de impeachment contra ele. Isto é, os argumentos. Segundo o presidente, não há fundamento jurídico em tais pedidos, mas apenas narrativas ideologicamente enviesadas, especialmente sobre a gestão do governo durante a pandemia.
“Não são todos que tentam o tempo todo atacar o governo, como se eu estivesse perdendo o apoio de evangélicos”, disse o presidente ao se referir à imprensa.
“Eu tenho muitos evangélicos que gostam de mim, [assim] como católicos, espíritas e [pessoas de] outras religiões. Ateus também. E gostaria de saber: se você pegar os 40 pedidos de impeachment que tem na Câmara, botar no liquidificador e espremer, não dá nada”, completou.
Conforme notícia do Gospel Mais, as igrejas Batista e Presbiteriana já emitiram um comunicado negando qualquer apoio ao grupo de religiosos que pediu o impeachment do presidente. Da mesma forma, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) também se manifestou, negando apoio ao pedido.
Malafaia, Igrejas Batista e Presbiteriana negam apoio ao impeachment de Bolsonaro