Ao longo dos últimos anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) se tornou um reduto de lideranças de pensamento de esquerda, com clara tendência de oposição ao conservadorismo e promoção do chamado “globalismo”, que promove ideias de um mundo homogeneizado. Nesse contexto, o candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) disse que considera tirar o Brasil da entidade se for eleito.
A declaração aconteceu no último sábado, 18 de agosto, durante evento da Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. “Se eu for presidente eu saio da ONU, não serve pra nada esta instituição. É uma reunião de comunistas, de gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul, pelo menos”, disse o candidato.
O posicionamento de Bolsonaro vem na esteira da repercussão da solicitação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para que o Brasil garanta ao ex-presidente Lula (PT) – preso por condenação em segunda instância por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção – a possibilidade de disputar as eleições de outubro, mesmo que isso atente contra a Lei da Ficha Limpa.
O Comitê de Direitos Humanos da ONU é uma organização que reúne pessoas classificadas como especialistas no assunto, mas não tem poder de decisão. “A nota do Comitê é uma fake news, que originou outras fake news“, criticou o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, em um extenso e elucidativo artigo sobre o assunto publicado no portal G1.
Diante disso, Bolsonaro garantiu que pensa em seguir o exemplo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retirou o país da Conselho de Direitos Humanos da entidade. Ele também nomeou a evangélica metodista Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul entre 2011 e 2017 como embaixadora do país na ONU.
Ministérios
No último sábado, Bolsonaro reafirmou que, se eleito presidente, vai indicar militares para a composição dos ministérios, pois nos governos passados, os ex-presidentes do Brasil nomearam terroristas para a Esplanada: “Por que que eu botaria muitos militares? Dilma e Lula botaram corruptos e terroristas, ninguém falava nada. Qual é o preconceito para com o militar? Por exemplo, o coronel Marcos Pontes, da Aeronáutica, que é nosso astronauta, possivelmente ocupe o Ministério da Ciência e Tecnologia”, disse, de acordo com informações do G1.