O pastor Silas Malafaia classificou como “imoral e ilegal” a prisão preventiva do general Walter Braga Netto no ultimo sábado, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão do último sábado ocorreu no contexto das investigações que envolvem militares acusados de articular um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Malafaia criticou duramente o ministro e questionou os fundamentos da prisão: “Conversa entre dois generais de um ano e meio atrás não é fato novo nem tampouco fato concreto. Conversa não é fato concreto. Não tem materialidade. Onde está que Braga Netto tentou impedir [as investigações]? Isso é uma vergonha, um abuso de poder do ditador da toga [Moraes], pra promover a perseguição política”, afirmou o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).
Silas Malafaia ainda chamou a atenção para o estágio das investigações: “Esse inquérito foi concluído há mais de dez dias, mais de 30 pessoas foram indiciadas e o caso foi enviado ao MP [Ministério Público Federal]. Como alguém pode ser preso agora por obstrução de uma investigação que já foi concluída? Isso é um absurdo. A prisão de Braga Netto é imoral, ilegal e mancha o Judiciário”, declarou.
O pastor também direcionou críticas ao STF, acusando a corte de “proteger” Alexandre de Moraes: “O STF deixou de ser Supremo Tribunal Federal para se tornar Supremo Tribunal da Injustiça. Uma confraria de amigos pra proteger o ditador da toga, Alexandre de Moraes. Esse sim vem atentando contra o Estado Democrático de Direito. Ele tem que sofrer impeachment e ser preso. Ele preside inquéritos imorais e ilegais, como o da fake news, abuso de poder, usando informações do TSE pra abastecer inquéritos no STF para perseguição política”, disse.
O caso envolvendo Braga Netto – que foi candidato a vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro (PL) em 2022 – ocorre em um momento de tensão entre setores das Forças Armadas e o Judiciário, com investigações em curso sobre tentativas de interferência no processo democrático.