Uma decisão judicial envolvendo a Igreja Bola de Neve, fundada por Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, mais conhecido como apóstolo Rina, significa mais um capítulo na disputa envolvendo a liderança da denominação.
Tudo começou após o falecimento de Rina, morto após um acidente de moto no dia 17 de novembro. Com a partida do apóstolo, sua esposa Denise Seixas reivindicou a presidência da denominação, tendo em vista o seu cargo de vice-presidente da Bola de Neve.
A diretoria da igreja, contudo, argumentou que Denise teria renunciado ao seu cargo de vice-presidente durante o processo de divórcio com Rina. A defesa da pastora, entretanto, argumentou que ela e o apóstolo estavam em processo de reconciliação, motivo pelo qual o divórcio não havia sido concluído.
A defesa de Denise também afirma que a suposta renúncia da pastora, na verdade, teria sido um acordo de divórcio, o qual não foi concluído. Diante disso, a pastora entrou com um recurso na Justiça para impedir que a atual diretoria da Igreja Bola de Neve tome decisões sobre a denominação.
Decisão
O pedido, por sua vez, foi acatado parcialmente, em favor de Denise, pelo juiz Fábio Evangelista de Moura, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em sua decisão, o magistrado determinou que a liderança atual da denominação não realize mais nenhum ato em nome da igreja.
O mesmo juiz, contudo, se declarou incompetente sobre o caso, enviando o mesmo para ser julgado para a Vara dos Registros Públicos da Capital.
Isto posto, a Igreja Bola de Neve reafirmou “que a pastora Denise Seixas renunciou ao cargo de vice-presidente em acordo assinado em 27 de agosto”, não reconhecendo a decisão judicial como uma vitória plena da pastora.
“A referida decisão judicial NÃO a reconhece como presidente, diferentemente do que afirmam os advogados da pastora, e será revista por instância superior, uma vez que o próprio juiz se declarou incompetente para julgar o caso”, disse a diretoria da Bola de Neve, em nota, segundo a CNN Brasil.