Doutoranda em história e teologia política na Universidade de St. Andrews, na Escócia, e Mestre em Divindade pela Universidade de Yale, dos Estados Unidos, a missionária Braulia Ribeiro, co-fundadora do Centro de Treinamento e envio missionário da JOCUM (Jovens Com Uma Missão), publicou um artigo expondo os erros de pastores acusados de apostasia, como Ricardo Gondim e Ed René Kivitz.
Em seu texto, a missionária detalhou o que para ela trata-se de uma devoção ao secularismo e ao reconhecimento mundado, em vez da aprovação aos olhos de Deus diante da fidelidade aos escritos sagrados.
Para a missionária, “esses pastores preferem aderir ao terrorismo moral do wokismo a ser atacados por ele. Assim, traem o público que antes serviam e a fé que professavam, tudo em nome de uma suposta pureza moral.”
Braulia fez um rápido histórico da atuação de Gondim no passado, lembrando que o pastor mantinha “um diálogo interessante com os desafios enfrentados pelos jovens das grande cidades”, onde conseguia “apresentar um evangelho capaz de produzir satisfação intelectual e libertação espiritual”.
No entanto, segundo Braulia Ribeiro, o pastor que era respeitado enquanto fiel pregador da Palavra, passou a se “embananar quando em algum ponto de suas crises de meia-idade e conflitos psicológicos, ou como subproduto de narcisismo, a sua consciência moral hipertrofia.”
“Sim, você leu certo, ela não se encolhe, ela se agiganta: Gondim se torna o ser moral acima de todos os vis mortais. Imbuiu-se de um quixotismo apaixonado e começou a combater os moinhos de vento e espantalhos que ele mesmo criou na paisagem evangélica”, diz a missionária.
Ela continua: “Apaixonou-se por Rubem Alves, rei das platitudes inócuas, que também abandonou a fé cristã para se reinventar como profeta de um grolado filosófico marxiano-heideggeriano. Gondim começa a seguir seu exemplo e se enxerga um vingador do evangelicalismo. O puro combatente solitário, um whistle-blower capaz de expor os podres das denominações evangélicas às quais dedicou sua vida.”
“É melancólico”
Ainda em seu artigo, Braulia Ribeiro argumenta que os pastores que hoje pregam uma espécie de nova religião moral, baseada muito mais em suas próprias filosofias do que na Palavra de Deus, estão alimentando os verdadeiros inimigos da fé cristã.
São líderes, segundo a autora, como Caio Fábio, Ed René Kivitz, Antônio Carlos Costa, Paulo Cruz e Kleber Lucas, além de Gondim. “É irônico, é melancólico: quem antes se esforçava em defesa da fé bíblica hoje se esfalfa para ganhar seguidores entre os que a odeiam”, diz a missionária.
Comentando uma declaração feita por Gondim, onde o mesmo diz não pertencer mais ao “movimento evangélico”, Braulia Ribeiro explica que nesse quesito o pastor está correto, já que, de fato, as suas bandeiras agora são outras.
“O senhor está certíssimo”, diz a missionária. “Deus e a Bíblia são o centro da religião evangélica. Não são os meus sentimentos nem os seus. E os julgamentos e ideias de Deus que chegaram até nós, interpretados por 20 séculos de tradição cristã, são superiores a todas as sentiduras e neo-hermenêuticas que você e seus amigos tentam passar ao público como se fossem ortodoxia.”
“Gondim e seus pares não são dissidentes, são difamadores do movimento que os construiu, que lhes deu o conforto material e o respeito do qual ainda desfrutam. Posam como heróis do antimoralismo tentando afirmar uma nova proposta cristã, mas na verdade não passam de pregadores de um moralismo muito pior, que não constrói nada, só se ocupa de destruir, cancelar, negar, difamar, diminuir, e matar o que gera vida”, conclui a autora em seu artigo para o Brasil Sem Medo.
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