Florisvaldo de Oliveira, o cabo Bruno, ex-policial militar que atuou como justiceiro nos anos 80 foi morto a tiros, no final da noite desta quarta-feira (26), na porta da casa onde morava, na cidade de Pindamonhangaba (SP), no Vale do Paraíba.
Oliveira havia sido empossado no domingo (23) na função de pastor na Igreja Refúgio em Cristo, em Taubaté. Ele havia conseguido um indulto para sair da prisão e estava há 34 dias em liberdade. Ao todo cumpriu 28 anos atrás da grades, período em que tentou fugir por três vezes.
O crime ocorreu às 23h45 quando a vítima voltava de um culto em Aparecida e foi surpreendido por criminosos no local em que residia. Segundo o tenente Mário Tonini, da 2ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar, provavelmente foi um crime de execução.
“Segundo testemunhas, eram dois homens que chegaram a pé e atiraram somente contra ele (Florisvaldo). Não foi anunciado assalto. Havia um carro próximo do local, possivelmente utilizado pelos atiradores na fuga. Não temos pistas ainda sobre a autoria. Provavelmente foi um crime de execução, porém isso ficará agora a cargo da Polícia Civil investigar”, afirmou o policial, de acordo com a agência Estado.
Oliveira morreu no local e não chegou a ser levado ao hospital. Segundo peritos que estiveram no local do crime, foram encontradas cápsulas de uma pistola ponto 40 – calibre utilizado pela Polícia Militar – e de outra arma, calibre 380. Nada foi levado dele ou das pessoas que o acompanhavam, de acordo com a Veja.
Nos anos 80, quando era chamado de Cabo Bruno, ele comandou um esquadrão da morte, sendo acusado do assassinato de mais de 50 pessoas. As mortes eram encomendadas por comerciantes da zona sul de São Paulo.
Durante o período de cárcere, Oliveira converteu-se ao cristianismo e se tornou pastor evangélico, influenciando a muitos ainda dentro da prisão. Casou-se com uma cantora evangélica.
Depois de cumprir 20 anos de prisão ininterruptos, conseguiu o indulto pleno para o restante da pena, por apresentar bom comportamento. Ele havia sido condenado originalmente a 117 anos e quatro meses de reclusão.
O crime já foi registrado no Distrito Policial Central de Pindamonhangaba, onde serão procedidas as investigações.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+