O reverendo Caio Fábio comentou o investimento público na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e criticou não apenas o uso de verba governamental no evento católico, mas também os políticos da bancada evangélica e demais líderes cristãos, como o pastor Silas Malafaia.
De acordo com Fábio, “o Estado não deveria bancar nada. A Igreja Católica deveria bancar tudo”.
Para ele, o Estado laico não deveria ajudar com dinheiro nenhuma religião: “O Estado não deveria bancar nada dos evangélicos. E banca. Essa bancada evangélica está lá fazendo projeto de lei o dia inteiro pra igreja. Há anos. De onde você acha que vem esse monte de televisão, emissora evangélica, rádio evangélica? É tudo maracutaia de dentro. É cédula política pra pagar. Você não se queixa disso, é dinheiro público, é concessão pública, são privilégios públicos, dados a algum grupo”, afirmou, dirigindo-se à telespectadora que havia feito uma pergunta sobre o tema.
Na sequência, o reverendo faz críticas ao pastor Silas Malafaia pela ausência de críticas dele ao uso de dinheiro público nos eventos ligados à visita do papa, e relaciona o silêncio do líder da Assembleia de Deus com sua proximidade recente com a TV Globo.
“Antes o Silas odiava a rede Globo, ficou 30 anos chamando aquilo de demônio, porque a porta não era aberta para ele. No dia que a porta abriu, olha só, não só estão fazendo negócios ganhando muito dinheiro, mas mais do que isso… O papa veio e ele não disse nada. Antes dele estar ganhando dinheiro com a Globo, se o papa viesse, ele desceria o cacete como ele desceu em todos os outros papas. Desceu o cacete no dinheiro público, investimento, não sei o quê público. E não está descendo o pau. Mas eles ficaram caladinhos sabe por quê? Porque a Globo que tá bancando a eles um monte de projetos, está bancando o projeto de lá. O mesmo cara que organiza os projetos gospel pra cá, organiza a vinda do papa, a festa televisiva”, criticou.
Assista:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+