O reverendo Caio Fabio anunciou que está se afastando da liderança da igreja Caminho da Graça, um movimento iniciado por ele há quase vinte anos e que ganhou corpo, tornando-se uma congregação em Brasília (DF).
O comunicado aos frequentadores do Caminho da Graça foi feito através de um vídeo publicado no canal do pastor no YouTube. A justificativa, segundo Caio Fábio, é que sua vocação nunca foi de “pároco”, mas sim, “de evangelista, mestre ensinador”.
“Quando eu vim para cá, não vim para começar uma igreja. Só acompanhar o meu site. A história do Caminho da Graça começou com o Café com Graça em 2001, e nunca o objetivo foi de criar uma igreja”, afirmou, logo após recapitular sua história de ordenação ao ministério pastoral na Igreja Presbiteriana.
Na descrição do vídeo no YouTube, há uma breve nota que justifica a decisão, dizendo que ela foi tomada para que Caio Fábio possa “voltar a se dedicar ao seu ministério de evangelização, produção de vídeos bíblicos/históricos/arqueológicos e também acerca das crises humanas nas próximas décadas, bem como a fim de retornar à produção literária — coisas que mesmo muito amando não teve tempo para fazer satisfatoriamente nas últimas décadas”.
Caio Fábio foi uma das lideranças evangélicas de maior abrangência entre as diferentes linhas doutrinárias no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990. Criou a Associação Evangélica Brasileira (AEVB), tornou-se um importante escritor, com centenas de livros publicados e também criou o projeto social Fábrica da Esperança, na favela de Acari, no Rio de Janeiro.
Seu ministério sofreu um forte abalo quando ele se divorciou de sua primeira esposa por causa de um adultério, e depois de um período de disciplina, decidiu não voltar à posição de sacerdote na Igreja Presbiteriana, deixando a denominação.
Agora, ao deixar a liderança da igreja Caminho da Graça, Caio Fábio voltará “a viajar 2 vezes por mês a partir de março deste ano”, visitando cidades brasileiras “com o apoio dos grupos do Caminho da Graça no Brasil e no exterior, bem como de inúmeras igrejas e denominações locais”.