O deputado federal João Campos (PSDB-GO), autor do PDC 234/2011, projeto apelidado de “cura gay”, retirou a proposta de votação no plenário da Câmara dos Deputados, para evitar que a bancada governista votasse contra o projeto.
A iniciativa atendeu a um pedido da psicóloga Marisa Lobo, uma das profissionais da área que motivaram a criação do PDC 234/2011. Na última semana, Lobo publicou uma carta aberta em sua coluna neste portal pedindo ao deputado Campos que retirasse o projeto para possibilitar uma melhor discussão em outro momento.
“Fui uma das inspiradoras pelo PDC e pedi para ele [deputado João Campos] retirar por ser psicóloga, e saber do golpe [dos ativistas gays”, escreveu Marisa Lobo em seu perfil no Twitter. Marisa Lobo ainda provocou o ativista gay e deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ): “A alegria do burro é pensar que é dono da carroça”, fazendo referência ao fato de que mesmo sendo retirado de votação agora, o projeto poderá voltar a ser analisado na próxima legislatura.
O deputado João Campos justificou a retirada do PDC 234/2011 dizendo que seu partido é contrário ao projeto.
“Retirei porque o meu partido divulgou uma nota contra, e eu não vou ser contra o meu partido. Não estou retirando por causa de pressão das ruas porque ele [o projeto] não estava na pauta dos manifestantes. Pegaram o bonde andando. Também estou retirando porque não vou permitir que esse projeto mude o foco do que o povo quer, que é saúde, educação e que os condenados no mensalão sejam presos”, argumentou o deputado.
Já o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou no Twitter que a manobra governista para enterrar o PDC 234/2011, apelidado como “cura gay”, mostrou à população as reais intenções do governo: “Mostramos ao Brasil quem são os lobistas do movimento contrário. Nas eleições de 2014 os nomes destes deputados serão esparramados… Afinal, quando chega a eleição eles se vestem de ovelhas e vão aos nossos apriscos buscar votos. Nunca mais terão nossos votos”, escreveu.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+