A candidata do PSOL ao governo de Minas Gerais, Dirlene Marques, convidou alunos de um colégio cristão para participarem de uma Marcha da Maconha em Belo Horizonte (MG).
Dirlene, 71 anos, é economista e professora aposentada, e concorre ao governo do estado pela primeira vez. Durante um debate realizado pelo Colégio Batista Mineiro, ela convidou os alunos do Ensino Médio a acompanharem durante o ato em prol da legalização da droga.
Segundo informações do jornal Estado de Minas, o convite foi feito quando ela respondia a uma pergunta sobre a composição do comando da Polícia Militar em seu eventual governo, dizendo que defende a desmilitarização da instituição.
Vitória Melo, candidata a vice na chapa de Jordano Metalúrgico (PSTU), havia acabado de defender a descriminalização das drogas, e então Dirlene Marques aproveitou para contar “um caso fantástico” sobre este tema.
A candidata do PSOL revelou ter participado da última Marcha da Maconha em BH, e os alunos passaram a rir e comentar a situação entre si. Foi preciso que o mediador intervisse, pedindo silêncio.
“Estou aqui, exatamente isso, convidando que vocês possam participar, porque foi o movimento popular mais popular que eu já vi. Lá estava a juventude pobre e negra, e não os de classe média, porque a classe média usa também a maconha, mas não são presos por causa disso. Os pobres usam e são presos e criminalizados e jogados [na cadeia]. Essa é a discussão que temos que fazer com vocês aqui, em especial”, disse Dirlene Marques.
A direção do Colégio Batista Mineiro emitiu nota afirmando que não compactua com práticas que não reflitam os valores cristãos, mas respeita os pensamentos divergentes.
Confira o comunicado: “Desde 1918, o Colégio Batista Mineiro possui sua ação educacional orientada pelos valores cristãos. Em vista disso, a escola tem respeito pelas pessoas que pensam de forma diferente, ao mesmo tempo em que não compactua com nenhum tipo de prática ou ideologia que não possuam como base os princípios éticos e morais da fé cristã. A escola desenvolve o seu projeto pedagógico compromissado com a formação integral e, por isso, não incentiva seus estudantes a movimentos que contrapõem o princípio da vida”.