Uma polêmica que acompanha as igrejas evangélicas – em especial as pentecostais – se dá por conta do barulho causado pelos cultos, situação que incomoda muitos vizinhos e gera reclamações e até fechamento de templos.
Na maioria das vezes, muitos fiéis e líderes evangélicos se dizem vítima de perseguição religiosa e argumentam que a liberdade de culto é protegida pela Constituição Federal, numa postura que ignora as leis do silêncio existentes em muitos municípios do país.
Sobre o assunto, um cantor gospel tomou uma postura bastante incomum, e publicou em seu perfil no Facebook sua opinião a respeito: “Deus não é surdo”.
Luiz Artur Mira, conhecido pela interpretação da música “Drogas Matam”, afirma que o excesso de ruído é prejudicial à saúde dos vizinhos aos templos, mas também aos fiéis.
“O barulho do som ensurdecedor dentro das Igrejas provocado pelos amplificadores onde são conectados guitarras, contrabaixo, microfones e a bateria, em especial, estão provocando doenças nas crianças. Som alto provoca distúrbios psíquicos e os mais afetados são as crianças e os mais velhos. Som alto provoca stress, nervosismo, irritabilidade, pressão alta que é a mesma hipertensão arterial”, alertou o cantor.
Luiz também fez uma comparação com os males causados pelo excesso de bebidas ao excesso de barulho: “O ser humano perde pelas bebidas alcoólicas, células celebrais que nunca mais se recuperam, e perde a audição pelo excesso de barulho, e a audição também não se recupera, uma vez perdida, para sempre perdida. Mandem esta mensagem aos pastores e líderes musicais das Igrejas. Não confundam barulho com poder de Deus. Deus não é surdo”, concluiu o cantor.
“Drogas Matam”
A música ficou muito conhecida entre os evangélicos nos anos 1990 e foi tema de muitos encontros evangelísticos por conta de sua mensagem direta e objetiva contra o uso de drogas e a solução para casos de dependência química.
Ouça: