O trabalho de levar a mensagem do Evangelho a quem ainda não pode ouvi-lo é gratificante. O capelão militar Jose Rondon resume dessa maneira sua tarefa de pregar aos soldados do Exército dos Estados Unidos. Recentemente, seu esforço resultou na decisão de 1.400 soldados em entregarem suas vidas a Jesus.
Rondon atua na base de Fort Leonard Wood, e diz que é preciso agir de forma aberta no relacionamento com os soldados no cotidiano, para que eles adquiram confiança. “Não há nada mais emocionante na vida do que ver as pessoas virem a Cristo”.
Compartilhando sua experiência, Rondon contou que sargento da equipe se aproximou dele e pediu para conversar. Naquele momento, o capelão soube que o sargento não estava pedindo palavras de sabedoria, mas ouvidos. “Ser intencional é ser fiel a Cristo e obediente à Sua Grande Comissão. Mas não conseguiremos fazer discípulos até que os perdidos dêem o primeiro passo para seguir a Cristo como seu Salvador. Ser intencional não significa apenas pregar a Palavra de Cristo na capela, mas ser sensível ao Espírito Santo para compartilhar Sua mensagem de reconciliação se, e quando, o tempo couber”.
De acordo com informações da agência de notícias Baptist Press, o capelão contou que a conversa com o sargento terminou com a conversão do colega. Em seguida, outro oficial o procurou e o diálogo foi concluído com mais uma decisão de seguir a Jesus.
“Meus dois soldados e amigos de nosso atual batalhão em Fort Leonard Wood, no Missouri, vieram a Cristo porque suas vidas precisavam do Salvador. Todos nós, em algum momento, precisamos ser ouvidos, para ajudar os outros a começar a confiar e acreditar em algo novamente, especialmente quando nossas feridas são tão profundas que perdemos o respeito por muitos ao nosso redor”, comentou o capelão.
O relacionamento com os dois, baseado em confiança e sinceridade, permitiu um passo além, contou Rondon: “Eles conversaram comigo sobre suas vidas porque me respeitavam e notaram que eu realmente me importava com nossos soldados, como sempre faço durante minhas rondas pastorais. Convidei os dois para uma refeição. Deus sempre abre grandes portas assim quando ouvimos pessoas sem interrompê-los. Nós mostramos a eles o quanto nos importamos por estar lá quando eles mais precisam”.
As conversas foram baseadas, segundo Rondon, sobre experiências de vida: “Em vez de perguntar se eles sabiam que iriam para o céu se morressem hoje, eu simplesmente disse: ‘Vejo que você precisa de Cristo em sua vida. Ele não pode apenas ajudá-lo a lidar com os desafios da vida diária, mas Ele também pode salvá-lo de uma morte eterna por causa de seus pecados’. Ambos concordaram que precisavam de Cristo para entrar em suas vidas para sempre e ter Sua presença para lidar com a vida a partir daquele momento”, acrescentou.
A chave
Essa experiência se tornou um divisor de águas na base, já que sua reputação de ser um capelão sincero correu, e levou outros soldados a buscarem sua ajuda. Em pouco tempo, os cultos que Rondon realizava aos domingos passaram a ser reuniões com grande audiência.
“Vimos 1.459 soldados vindo a Cristo […] Deus está fazendo grandes coisas em Fort Leonard Wood entre as centenas de soldados que conheceram a Cristo pessoalmente”, afirmou o capelão, referindo-se a um curto período de tempo.
O diretor executivo de capelania do Conselho de Missões da América do Norte, major-general aposentado Doug Carver, comentou o sucesso do trabalho em Fort Leonard Wood e afirmou que não se trata de algo isolado, uma vez que a Convenção Batista do Sul – considerada a maior denominação protestante do mundo em número de congregações e fiéis – tem, atualmente, 1.348 capelães militares atuando nas Forças Armadas dos Estados Unidos.
“Nossas tropas, cada vez mais famintas por verdade e relevância em suas vidas, estão encontrando uma fé que funciona através de um relacionamento pessoal com o Senhor Jesus Cristo. O atual despertar espiritual em Fort Leonard Wood é indicativo de uma grande jogada de Deus ocorrendo hoje nas Forças Armadas”, comentou Carver.
Em um breve relato, o major-general contextualizou o trabalho que vem sendo realizado: “Mais de dois mil soldados se reuniram na Geórgia, na Páscoa, para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo; Os capelães do exército estão atualmente batizando uma média de 70 soldados a cada ciclo básico de treinamento de combate em Fort Jackson, Carolina do Sul; A capelania da Força Aérea dos EUA lançou recentemente um novo programa chamado FaithWorks, que é uma coleção de programas e materiais baseados em evidências que promovem resiliência espiritual para os aviadores e suas famílias; Os militares construíram mais capelas desde o 11 de setembro do que qualquer outro período da história americana, exceto a Segunda Guerra Mundial; Nos últimos dois anos, os capelães militares da Convenção Batista do Sul relataram que houve dezenas de milhares de profissões de fé e milhares de batismos”.
Em sua conclusão, Carver expressou sua confiança de que há uma ação divina em curso: “Historicamente, Deus costuma usar as forças armadas como um catalisador para o avivamento. Muitos atribuem a disseminação do cristianismo no primeiro século aos soldados romanos implantados em todo o Império Romano. O Senhor está respondendo nossas orações por reavivamento em nossas comunidades militares. Eu oro há mais de 40 anos para que nossas tropas e suas famílias experimentem o realidade de Jesus Cristo de uma maneira nova”, finalizou.