Um atentado terrorista poderia ter acabado com a vida de um pastor que vive Iraque, país com histórico de conflitos políticos e religiosos entre muçulmanos, mas ele recebeu um livramento no episódio, que agora serve de testemunho.
Identificado pela Missão Portas Abertas apenas como Joseph, o pastor estava em seu carro quando ele explodiu e imediatamente se incendiou: “Eu fiquei totalmente confuso e não conseguia enxergar bem”, disse o jovem sacerdote.
Nos instantes seguintes, desorientado pela explosão e o incêndio, ele ouviu uma mulher gritando por ajuda: “Este homem está morrendo!”. Mesmo em estado de choque, Joseph foi capaz de perceber que estava prestes a perder a vida, e num último gesto de luta pela sobrevivência, tentou sair do carro, e conseguiu.
Olhando para trás, viu que o carro havia se tornado um monte de ferro distorcido em chamas: “Cada parte do meu carro foi destruída e danificada, exceto o meu lugar”, relembrou. “Eu não tinha arranhões. O carro estava em chamas, mas eu não me queimei. Eu encontrei pedaços de vidro no meu cabelo e quatro partes da bomba no lenço que eu usava no pescoço. Como se um lenço pudesse parar uma bomba… Nada me tocou, eu não perdi sequer uma gota de sangue”.
Ciente de que sua experiência não é nada menos que um milagre, ele acredita que foi abençoado para compartilhar o Evangelho: “Deus me deu um tempo adicional. Ele colocou Sua marca no meu ministério. Ele disse: ‘Vá em frente’. Deus me incentivou naquele dia”.
Anos mais tarde, com a ascensão do grupo de extremistas muçulmanos Estado Islâmico e a tomada de parte do território iraquiano, o pastor tem visto diversos seguidores de Maomé descobrindo quem é Jesus Cristo, aceitando-o e tendo suas vidas transformadas. “Quando alguém me pergunta por que eu continuo com a minha família em Bagdá, conto esta história”.
“Há violência em todos os lugares e perseguição em toda parte. Nós sofremos as mesmas coisas que todas as pessoas aqui sofrem. Mas queremos estar com elas”, acrescentou o pastor à sua explicação. Ele, sua esposa e os dois filhos têm ajudado os neófitos na fé em Cristo: “Nós temos novos convertidos, pessoas que nasceram de novo. Isso é um desafio, porque traz uma nova cultura para a igreja”.
Ser luz em meio à guerra e destruição é um desafio que agrada ao pastor e sua congregação: “Nós gostamos de ser como uma menorá. Nós somos um pequeno grupo, mas confiamos em nosso Deus. Ele pode nos usar. Nós vemos que todos estão buscando paz, amor e esperança. Nós, como igreja, estamos compartilhando a fonte dessas coisas. Quando eles nos ouvem falar sobre isso, eles escutam”.