A Nike, fabricante de materiais esportivos, decidiu romper seu contrato de patrocínio ao boxeador cristão Manny Pacquiao, após suas declarações contrárias à prática homossexual.
A empresa e o atleta mantinham vínculo desde 2006, numa parceria rentável para ambos, já que Pacquiao é considerado um dos principais pugilistas da atualidade.
“Nós achamos os comentários de Manny Pacquiao detestáveis. A Nike se opõe fortemente à discriminação de qualquer forma e tem uma longa história de apoio à comunidade LGBT. Nós não temos mais nenhum relacionamento com Manny Pacquiao”, disse a empresa em um comunicado.
Pacquiao, que deverá encerrar a carreira esportiva após sua próxima luta – dia 9 de abril, ele encara Timothy Bradley em Las Vegas, Nevada (EUA) -, planeja se dedicar à carreira política integralmente em seu país, Filipinas. Atualmente ele é deputado e concorre a uma vaga no Senado.
A Polêmica
Pacquiao tem postura conservadora na política, e quando foi questionado sobre o casamento gay, disse à emissora TV5 que por ser conivente com as relações homossexuais, a sociedade é menos sensata que os animais: “É o senso comum. Você conhece algum animal que se relaciona macho com macho e fêmea com fêmea? Os animais são melhores. Eles sabem diferenciar macho de fêmea. Se aprovamos macho com macho e fêmea com fêmea, o homem é pior que os animais”, afirmou o boxeador.
Diante da repercussão negativa de sua fala na mídia internacional, Pacquiao veio a público se desculpar pela frase polêmica: “Eu peço desculpas por machucar pessoas ao comparar homossexuais a animais. Por favor, peço perdão por aqueles a quem machuquei. Eu vou continuar com a minha crença de que sou contra casamentos entre pessoas do mesmo sexo por conta do que a Bíblia diz, mas eu não estou condenando os LGBT. Eu amo todos vocês com o amor do Senhor. Que Deus abençoe a todos e estou orando por vocês”.