Uma fotógrafa cristã que vem sendo perseguida pelas autoridades de sua cidade desde que rejeitou prestar serviço em uma cerimônia LGBT alcançou uma nova vitória na Justiça.
Chelsey Nelson já havia vencido um processo por esse episódio em agosto de 2020, quando o juiz distrital decidiu que a cidade de Louisville não poderia força-la a trabalhar em cerimônias de união entre pessoas do mesmo sexo porque a “Constituição não exige uma escolha entre os direitos dos homossexuais e a liberdade de expressão”.
Agora, as autoridades de Louisville, a maior cidade do Kentucky (EUA), perderam novamente na Justiça, que decidiu que a fotógrafa cristã não pode ser punida por rejeitar fotografar cerimônias LGBT por conta de sua crença religiosa.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o juiz Benjamin Beaton, do distrito ocidental de Kentucky, decidiu na última terça-feira que a cidade não poderia aplicar sua lei de não discriminação contra LGBT para punir Chelsey Nelson, que é “motivada por sua fé a celebrar o casamento como a união apenas de casais do sexo oposto”.
O juiz Beaton, indicado ao cargo pelo ex-presidente Donald Trump, concedeu uma liminar e argumentou que a lei da cidade que impede a discriminação com base na orientação sexual viola os direitos de liberdade de expressão da fotógrafa cristã.
Ele afirmou que, embora a cidade “possa exigir que restaurantes, hotéis e lojas forneçam serviços, independentemente das opiniões dos proprietários ou do status legal de seus clientes, o governo não pode forçar cantores, escritores ou fotógrafos a articular mensagens que não apoiam”.
“A liberdade de expressão – especialmente para opiniões minoritárias – é uma premissa central de nossa república democrática. À medida que os sentimentos e a política predominantes mudaram ao longo dos anos, a proteção constitucional robusta para diferentes pontos de vista permaneceu fixa”, acrescentou o juiz Beaton.
Na decisão, Beaton pontuou que “a Constituição dos Estados Unidos substitui a Portaria de Justiça de Louisville como uma questão de lei”, por uma questão hierárquica da legislação, e que por isso “este Tribunal proíbe a cidade de obrigar ou suprimir a fotografia e a escrita de Nelson”.
Jonathan Scruggs, representante da entidade Alliance Defending Freedom, que defendeu a fotógrafa no caso, afirmou em um comunicado na quarta-feira que acredita que “fotógrafos e escritores como Chelsey devem ser livres para viver e trabalhar pacificamente de acordo com sua fé, sem medo de punição injusta pelo governo”.
“O tribunal estava certo em interromper a aplicação da lei de Louisville contra Chelsey enquanto seu caso avança. Ela serve a todos. Ela simplesmente não pode endossar ou participar de cerimônias às quais se opõe, e a cidade não tem o direito de eliminar o controle editorial que ela tem sobre suas próprias fotografias e blogs”, finalizou.