Uma chacina de cristãos em uma aldeia nigeriana foi denunciada por uma entidade de monitoramento da liberdade religiosa. O ataque é atribuído a um grupo de pastores de gado da etnia fulani, que nos últimos anos se radicalizou sob a bandeira do islamismo.
A chacina atribuída aos radicais da etnia fulani ocorreu na terça-feira da semana passada, 11 de janeiro. O ataque ocorreu à noite, na vila de Ancha, de acordo com o relato feito por uma testemunha ocular à organização International Christian Concern (ICC).
Esse foi o segundo ataque no intervalo de uma semana. As vítimas eram ligadas a uma igreja local, e dentre os mortos estava o secretário da Igreja Batista em Ancha.
Segundo informações do portal Christian Today, os radicais também incendiaram mais de uma centena de casas, lojas de alimentos e plantações. John Rivu Bulus, um sobrevivente dos ataques, afirmou que ele é o único membro de sua família a escapar com vida da série de ataques dos pastores de gado fulani, mas que continua a temer por sua vida.
“Minha vida está agora em risco. Os fulani estão agora atrás da minha vida; todos os membros da minha família foram mortos pelos militantes fulani… Fiquei sozinho”, lamentou Bulus.
Um jovem líder tribal Irigwe afirmou à ICC que o governo estava falhando em proteger os cristãos: ”Há um plano para a jihad na Nigéria, mas o governo nigeriano continua em silêncio”, disse ele. “Estamos implorando aos cristãos da diáspora que venham em nosso auxílio”.
Um parceiro da ICC visitou a aldeia após o ataque e descreveu a situação como “muito ruim”, e o presidente da entidade, Jeff King, disse que continuará monitorando a situação: “Neste momento, nossos irmãos e irmãs cristãos na Nigéria precisam de nossas orações”, resumiu.