Um porta-voz do governo do presidente Joe Biden anunciou que novas medidas contra “extremistas” estão sendo estudadas para serem implementadas nas Forças Armadas do país, e a descrição da iniciativa aponta diretamente para organizações cristãs que atuam junto à tropa.
John Kirby, responsável pela comunicação com a imprensa no governo Biden, afirmou que “o Departamento [de Defesa] está focado em atividades proibidas, não em um pensamento ideológico específico ou orientação política”, acrescentando que há “uma distinção entre pensamentos e ações”.
Conservadores nos EUA entendem que as palavras de Kirby foram cuidadosamente escolhidas como uma camuflagem para a real intenção do governo, afinal, a diferenciação entre “pensamentos em ações” descrita pelo porta-voz pode indicar quais grupos serão alvo de perseguição.
O tenente-general aposentado Jerry Boykin afirmou que há uma agenda completamente diferente das palavras escolhidas para anunciar as medidas: querem caçar pessoas de fé e princípios.
“Em primeiro lugar, ninguém no [Departamento de Defesa, DOD na sigla em inglês] pode definir extremismo. E porque isso é tão mal definido e porque há tantas coisas nebulosas associadas a [ele], o que você verá – mesmo que eles digam que não estão atrás de ideologia, não estão atrás das ideias das pessoas ou da fé das pessoas ou das inclinações políticas das pessoas – isso simplesmente não é verdade. Vamos começar a adicionar grupos como o nosso – o Family Research Council – como um ‘grupo extremista’, dizendo às nossas tropas: ‘Você não pode se associar a eles, porque eles apoiam o casamento bíblico”, contextualizou o tenente-general.
Boykin tem propriedade para falar por ter estado entre os militares durante os oito anos do governo Barack Obama, quando Joe Biden era vice-presidente. À época, a dupla transformou o governo dos EUA em uma das instituições mais cruéis e anti-fé na história do país, segundo o pastor Tony Perkins, presidente da Family Research Council (FRC), uma entidade de base cristã voltada à proteção da família.
Durante a onda de “treinamento de diversidade” no segundo mandato de Obama, organizações como a American Family Association (AFA, sigla para Associação Americana da Família) estavam em uma lista de “grupos de ódio” que os militares foram obrigados a não seguir ou se envolver.
“Se o fizessem, haveria consequências. Se você está associado a eles, disseram os militares, você corre o risco de ser dispensado por corte marcial e desonroso. Portanto, esta não é uma ameaça vazia. Não é hipotético. Já aconteceu. Só que agora, infelizmente, está começando a progredir”, acrescentou Perkins.
Parte dessa ofensiva é impulsionada pela parceria do governo Biden com o Southern Poverty Law Center (SPLC), organização que se apresenta como promotora de assistência social e é usada por ativistas de esquerda para combater entidades conservadoras como a AFA, FRC ou mesmo a Alliance Defending Freedom, que se dedica a monitorar as liberdades religiosa e de expressão.
Perkins, então, resumiu o cenário nos próximos três anos, no mínimo: “Qualquer pessoa com uma visão natural de ‘identidade de gênero ou orientação sexual’ ou qualquer outra verdade bíblica que seja politicamente incorreta pode ser rotulada como extremista”.
“Considere o que esses novos regulamentos eventualmente farão com os capelães que são endossados por denominações religiosas que realmente acreditam na Bíblia. Esses capelães se silenciarão em uma lista crescente de questões ‘intocáveis’ ou serão silenciados pelos militares por esses ensinamentos, que rotularam de ‘extremos’”, finalizou.