Um grupo de seguidores da seita Igreja de Deus Todo-Poderoso foram detidos, processados, julgados e sentenciados à cadeia na China. As autoridades do país consideram o grupo religioso como perigoso para a sociedade.
A seita, conhecida também como “Raio Oriental”, foi fundada nos anos 1990 por Zhao Weishan, sob a crença de que Jesus Cristo teria retornado à Terra na forma de uma mulher chinesa, chamada Yang Xiangbin. O paradeiro dessa mulher é desconhecido das autoridades.
Os 14 fiéis da seita foram presos em julho de 2014, e o julgamento realizado na cidade de Zigui, encerrado no último domingo, 26 de julho, estabeleceu penas de prisão de entre 18 meses e três anos para nove seguidores da seita.
Segundo informações da agência oficial Xinhua, os outros cinco haviam sido condenados no dia anterior a penas que variam entre dois e três anos de prisão, em um julgamento realizado na província de Liaoning.
De acordo com informações do portal Terra, a seita tem centenas de seguidores nos Estados Unidos, China e em países do sudeste asiático.
Em 2014, a seita ganhou as manchetes após supostos membros terem matado uma mulher em um restaurante e o crime ter sido filmado por câmeras de segurança. No processo, dois dos agressores foram condenados à morte no último mês de outubro.
Desde esse incidente, o governo de Pequim aumentou a vigilância sobre os seguidores. Na China, existem 14 instituições religiosas que são consideradas “ilegais” pelas autoridades comunistas. O país está na lista de nações que limitam a liberdade religiosa e reprime a fé, e é conhecido também pela perseguição a cristãos, muçulmanos e budistas.