Vivenciar o cristianismo com plena liberdade na China continua muito difícil. O governo comunista local acirrou a perseguição às chamadas “igrejas domésticas”, tentando impedir com que elas realizem seus cultos.
Segundo o membro de uma igreja local, que foi demolida no dia 27 de abril, na província de Jiangxi, essa perseguição é por causa do aumento do número de pessoas que aceitam a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador.
Outro membro de uma congregação, que não pode ter seu nome divulgado, disse que pressioná-los é uma forma de fazê-los parar.
“Como as igrejas domésticas se recusam a se registrar no Estado e a serem gerenciadas por ele, o Partido Comunista Chinês (PCC) faz muito esforço para pressioná-las”, disse o cristão.
Autoridades chinesas dizem que as igrejas precisam ter autorização para realizar seus cultos, e que uma dessas igrejas estaria em propriedade privada, não aprovada pelo governo, por isso a demolição ocorrida no distrito de Guangxin, em Shangrao, seria justa.
Segundo o relato de um morador, ele diz que o governo sempre encontra alguma desculpa para impedir a propagação das “igrejas domésticas”, tendo como finalidade a demolição dos templos.
“Proíbe sua reunião porque alega que sua igreja é ‘ilegal'”, disse ele. “As pessoas são reprimidas, maltratadas e não têm liberdade de expressão. Aqueles que tentam argumentar com o regime são detidos.”
Igrejas registradas também são perseguidas
Igrejas que também foram registradas pelo Estado, como a Three Self, uma das maiores da China, também são alvo de perseguição, diferentemente do que alguns possam imaginar.
E ambas (igrejas domésticas e oficiais) já foram obrigadas a fecharem às portas. Na prática, a repressão continua de forma cada vez mais rigorosa, pois cada vez que o Evangelho é pregado, mais seguidores são atraídos, chamando atenção das autoridades.
Até câmaras de vigilância têm sido instaladas dentro das igrejas, e isso tem implicado na prisão de pastores e líderes cristãos, segundo informações da Barnabas Fund.
Uma vez que ocorrem esses fatos, muitos cristãos são obrigados a realizar cultos “escondidos”, mas sem se deixar abater pela repressão, já que uma das marcas do evangelho é a perseverança.