Ter acesso à Palavra de Deus é algo que todo cristão tem a oportunidade em um país livre, onde a liberdade religiosa é preservada. Este não é o caso de países como a China, onde o regime comunista restringe o uso de bíblias pelos chineses.
Os motivos para isso acontecer são vários, segundo informações da organização Portas Abertas e do ministério Bibles for China, que fornece bíblias para os chineses em todo país, especialmente na zona rural.
Para Kurt Rovenstine, da Bibles for China, o governo comunista da China se aproveitou do contexto de pandemia para restringir ainda mais a distribuição de bíblias no país, usando como justificativa a não concessão para o funcionamento de novas igrejas.
“Menos igrejas registradas significam menos Bíblias impressas”, disse ele. “Por um lado, a imposição de regulamentos durante a pandemia fez com que as autoridades não permitissem o registro de igrejas novas.”
À medida que o governo busca dificultar o acesso à Palavra de Deus, por outro lado, a demanda pelas bíblias continua cada vez maior. Segundo o missionário, “Não há nenhuma província em que trabalhamos que tenha dito: ‘Não precisamos de Bíblias’ ou ‘não queremos Bíblias’. A necessidade continua forte”, disse ele.
A dificuldade também é grande por meio das plataformas virtuais, com o governo banindo aplicativos de Bíblia nas poucas opções de download que o regime autoriza o funcionamento.
Kurt, porém, acredita que os cristãos encontrarão alternativas para continuar distribuindo a Palavra de Deus na China, apesar dos riscos. “Eles têm familiares e querem compartilhar com eles as Escrituras para que cresçam em sua fé e que possam agregar valor espiritual à Igreja na China”, disse ele.
“Espero que, nos próximos dois meses, tenhamos uma boa ideia de como fazer isso”, conclui o missionário, segundo informações da Mission Network News.