O ciclone bomba, que atingiu a região sul do Brasil, deixou bastante estrago em sua passagem, incluindo a destruição do templo de uma igreja evangélica na cidade de Garuva (SC).
Um dos pastores da igreja estava no templo e registrou o momento em que a força do vento levou toda estrutura ao colapso: “Foi efeito dominó, arrancando tudo. Depois, começou a ceder toda a estrutura das tesouras, que são metálicas. Com o balanço, que continuou fazendo por alguns minutos, balançando toda essa estrutura do telhado, acabou puxando também a parede lateral do templo, vindo tudo abaixo”, lembrou Claudemir Marcelino.
Em entrevista à NSCTV, outro pastor da igreja, Gelmar de Moura, estava aliviado porque não havia fiéis na igreja no momento do acidente: “Se fosse uma hora e meia mais tarde, teríamos aqui um encontro de mulheres, círculo de oração, onde sempre tem de 50 pessoas para mais”, disse.
A passagem do ciclone bomba deixou a cidade de Garuva sem energia elétrica, devastou as plantações e destelhou prédios e residências na cidade. Ao todo, em Santa Catarina, 185 cidades foram prejudicadas pela passagem da tempestade, conforme balanço divulgado pela Defesa Civil de Santa Catarina na manhã do último sábado, 04 de julho.
Em muitas das cidades, as rajadas de vento superaram 100 km por hora, de acordo com informações do monitoramento feito por satélite. O maior registro ocorreu na cidade de Siderópolis, no sul do estado, onde o vento chegou a 134 km por hora.
“Dados preliminares indicam que este é o pior desastre provocado por ventos da história do estado, superando o Furacão Catarina que atingiu o litoral sul em 2004 e o Tornado de Xanxerê em 2015”, detalhou a Defesa Civil por meio de nota à imprensa.
Santa Catarina registrou dez mortes, e outras nove pessoas ficaram feridas, enquanto uma ainda está desaparecida. O ciclone bomba deixou 205 pessoas desalojadas e outras 25 desabrigadas no estado.