Não é de hoje que fenômenos astronômicos despertam curiosidade em nós. Este é o caso da coincidência entre a Lua Azul e a Lua de Sangue, mais conhecido como o fenômeno da “Superlua”. Infelizmente ele não pode ser visto no Brasil, no último dia 31, mas a ocorrência da junção atípica entre as duas luas deu margem para interpretações diversas no campo teológico.
Para o pastor Mark Blitz, “a Superlua Azul de Sangue do dia 31 de janeiro ocorre justamente no 15º dia do mês de Shevat”, disse ele. “Isto é fascinante profeticamente porque há uma seção da Bíblia Sagrada em que Zacarias recebe a revelação sobre um cavalo vermelho que tirará a paz da Terra. A Escritura diz que isto acontecerá no mês do Shevat”, explicou o ministro ao portal americano WND.
Por outro lado, o pastor brasileiro Luiz Sayão, batista e muito conceituado na área acadêmica de pesquisa, ensino e produção literária, enxerga o fenômeno por outra perspectiva e prefere ser cauteloso:
“De fato a Bíblia fala de sinais no céu antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. Mas é preciso tomar cuidado com uma associação direta e imediata com alguns fenômenos que nós temos, como se isso fosse determinante em relação à volta de Jesus ou a um elemento escatológico final e definitivo”, disse ele numa entrevista ao Pleno New.
Pastor Sayão destacou para o que diz o Novo Testamento e os ensinos de Jesus acerca dos sinais do fim dos tempos, mas no sentido de que devemos nos preocupar mais em nos consagrar e estar preparado. Para ele, a Superlua pode ser considerada um sinal genérico:
“São sinais genéricos e não determinantes em relação ao final dos tempos. Ainda que prestemos atenção a esses e a outros sinais, é preciso muito cautela para não ter uma atitude que vá além de uma atenção criteriosa e marcada pelo bom senso”, disse.
O termo “Superlua” foi utilizado pela primeira vez por Richard Nolle, em 1979. Ele se refere ao momento em que a lua está 90% próxima de seu perigeu (ponto na órbita de um astro em que fica mais próximo do planeta). Portanto, se trata de uma lua cheia, só que “maior” e mais próxima da Terra.