A perseguição religiosa contra cristãos nem sempre é fruto do radicalismo religioso, como é no caso dos extremistas muçulmanos do Estado Islâmico, Boko Haram e outros grupos terroristas localizados no Oriente Médio e na África, por exemplo. Ela também pode acontecer em consequência do radicalismo ideológico, motivado por questões políticas.
Esse é o caso de um grupo chamado “Naxalitas”, presente em várias partes da Índia. O termo é genérico, pois se refere a vários grupos que militam em prol do comunismo, cuja corrente de pensamento vem do líder comunista chinês Mao Tsé Tung. Na China, por exemplo, o marxismo-leninismo-maoísmo (MLM) é a doutrina oficial do Partido Comunista Chinês, que influencia outros países como a Índia.
Cerca de 30 naxalitas invadiram a casa de um casal cristão, na Índia. Aadarsh, que é pastor, e sua esposa Chandan foram pegos de surpresa, mas felizmente os filhos do casal não estavam em casa na hora do ataque. Os militantes entraram em luta corporal com Aadarsh, tentando arrastá-lo para fora. A esposa tentou impedir, mas foi agredida pelos militantes, que terminaram conseguindo levar Aadarsh para dentro de uma selva local.
Segundo informações da organização Portas Abertas, o motivo do ataque foi porque o pastor Aadarsh se posicionava contra o recrutamento de jovens para a militância comunista. No lugar de incentivar ideologias políticas, Aadarsh pregava o evangelho e ganhava muitas vidas para Cristo, afetando significativamente os interesses dos militantes comunistas na região.
Horas depois de ser sequestrado, o corpo de Aadarsh foi encontrado nas montanhas por aldeões locais. Essa não foi a primeira vez que os naxalitas atacam cristãos na Índia. O grupo vêm atuando de forma radical já por 10 anos, tendo matado e violentado vários cristãos durante esse tempo.
Apesar das ameaças e do sofrimento por ter perdido o marido, Chandan, viúva do pastor, disse que não abandonará a Cristo por nada: “Eu prefiro morrer em vez de abandonar meu Cristo”, disse ela ao Portas Abertas.