Entre os milhões de cristão corajosos que vivem na China comunista, Yankui é sem dúvida um dos que merecem destaque por parte da imprensa cristã. Condenado injustamente, ele não se deixou intimidar pela perseguição religiosa em seu país e resolveu fazer uma pregação em seu julgamento.
An Yankui é membro da Igreja Zion Reformed, e segundo informações reportadas pela organização de vigilância religiosa ChinaAid, ele foi preso em 2020 ao ser acusado falsamente de viajar ao exterior de forma ilegal.
Já este ano, o cristão chinês foi julgado pelo Tribunal de Fenyang, em 5 de agosto, e condenado em 3 de novembro por supostamente “cruzar ilegalmente a fronteira”, recebendo a pena de um ano de prisão, além de multa de 5 mil yuans (equivalente a 700 reais).
Testemunho fiel
Em seu julgamento, porém, Yankui não deixou passar a oportunidade de evangelizar o juiz responsável por seu caso, dizendo para que ele “se arrependesse de perseguir a Igreja na China”.
Em outro momento, o cristão chinês comparou o seu caso ao de um monge budista, a fim de defender a legitimidade da sua viagem ao exterior, bem como os princípios que carrega.
“Posso até ser comparado a ‘Tang Xuanzang’. Nós dois somos chamados de sacerdotes religiosos. Mas eu sou diferente. Tang migrou ilegalmente para seu destino, eu não”, disse ele.
“A Bíblia que levo comigo e na qual acredito ensina as pessoas a se afastarem dos ídolos e retornarem ao Deus verdadeiro, pois a salvação dos pecadores só pode ser encontrada por meio de Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo”, declarou o chinês.
Perseguição
Ocupando atualmente a 17ª posição na lista mundial de perseguição religiosa, a China tem como principal característica de intolerância a ação do regime comunista contra a liberdade de expressão dos seus cidadãos.
O caso de Yankui é mais um exemplo disso. O cristão acredita que a sua acusação, julgamento e condenação injustos são frutos da repressão contra a expansão da Igreja de Jesus Cristo.
“Somos uma família, mas vocês invadem nossas casas à vontade para prender pessoas e arrombam nossas portas”, protestou. “Este é claramente um caso de perseguição religiosa e perseguição à Igreja do Senhor Jesus Cristo.”