Um relatório publicado pela organização Pew Research Center, que faz pesquisas no mundo inteiro para avaliar tendências de comportamento e cultura, aponta para algo alarmante não apenas para os cristãos e judeus, como também para os que entendem a importância do sentimento religioso na vida humana.
O estudo realizado em 198 países, mostrou que a perseguição religiosa no mundo aumentou 25% em 2016, comparado aos anos anteriores. O cristianismo é a religião mais perseguida, fato esse constatado em 144 países. Outro dado preocupante é o crescimento da rejeição aos judeus, cada vez mais evidente nos países da Europa.
“Mais de um quarto (28%) dos países tinham níveis ‘altos’ ou ‘muito altos’ de restrições à religião impostas pelo governo em 2016, um aumento de 25% em comparação com o ano anterior. Essa é a maior parcela de países nessas categorias desde 2013”, diz o relatório.
Um fato que chamou atenção foi o crescimento do sentimento nacionalista, porém, associado com a intolerância às outras religiões ou pensamentos diferentes do regime político do país.
Nações como a República Islâmica do Irã e a China, por exemplo, são contextos nacionalistas diferentes, onde o primeiro possui uma religião oficial (o islamismo), enquanto o segundo possui um regime político único (o comunismo). Ambos, porém, mantém restrições ao avanço de outras religiões ou pensamento político.
“Dezesseis por cento dos países do relatório possuem grupos sociais ativos, que usaram a retórica nacionalista contra as minorias religiosas no país, um aumento de 14% em relação ao ano anterior”, observou Katayoung Kishi, um dos diretores da Pew.
Entre os países mais populosos, China, Índia, Rússia, Egito, Indonésia e Turquia apresentam os maiores índices de intolerância religiosa institucionalizada. Isto é, decisões do Governo convertidas em leis restritivas, visando dificultar a presença ou crescimento de outras religiões.
A China e a Índia, no entanto, lideram o ranking mundial de perseguição religiosa institucionalizada, segundo o relatório. A única diferença entre os dois países é que o segundo apresenta mais casos de violência social, partindo de grupos extremistas, enquanto o primeiro a intolerância maior vem do Governo. Com informações: Christianity Today