O pastor Israel Alves Ferreira, psicólogo e dirigente da Assembleia de Deus em Ilhéus (BA), gravou um vídeo para a TV CPAD em um projeto de aconselhamento pastoral e abordou o tema suicídio entre pastores por ocasião da campanha setembro amarelo.
Apesar de o projeto tratar das causas que levam ao suicídio de forma geral, atingindo pessoas de todas as classes sociais e, mais especificamente no meio cristão, afligindo fiéis e sacerdotes, essa primeira parte é dedicada a alertar a respeito da sobrecarga que o ministério pastoral impõe a quem é ordenado a ele.
Ferreira lembrou que cada pastor tem alma, sentimentos, é acossado por tentações e muitas provações como todos os cristãos, e afirmou que um levantamento constatou que, apenas no Brasil foram registrados 12 casos de suicídio entre pastores no ano de 2018.
“Para mim um número estupendo. Não deveria nunca um pastor se suicidar. O suicídio do pastor passou a ser uma coisa real. A renúncia, a desistência, angústia, tristeza, e isso é uma coisa que nos preocupa demais”, lamentou o pastor e psicólogo.
Recomendado o cuidado com a saúde emocional, o pastor lembrou que é preciso entender que o ministério é uma jornada de longo prazo, comparando as provas de atletismo de 100 metros e uma maratona: “O ministério é uma corrida longa”.
“Pastores sofrem de burnout, que é o esgotamento total, profissional, pastoral, espiritual. Esgotamento em tudo. […] Esposas de pastores dizem que o maior perigo que eles e sua família sofrem é o desgaste físico, mental e espiritual. Mas eu posso assegurar que é muito mais o mental, que gera os outros. Você não organiza mais seu tempo, sua vida vai se bagunçando”, alertou, pontuando impactos também sobre a família dos pastores.
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