A ideologia de gênero bombardeada pela mídia nos últimos anos causou um aumento no número de pessoas que se identificam como transexuais e transgênero, incluindo crianças e adolescentes. Os números poderiam ser facilmente interpretados como uma espécie de epidemia de disforia de gênero.
Recentemente, a Academia Americana de Pediatria publicou descobertas de que mais adolescentes estão começando a usar “termos de gênero não tradicionais” para se identificarem, como fruto da ação midiática de ativistas transgêneros.
De acordo com a emissora Christian Broadcasting Network (CBN), existe uma espécie de pressão dos entusiastas da ideologia de gênero para que as pessoas que se identificam com “termos de gênero não tradicionais” sejam submetidas ao processo de transição com terapia hormonal e cirurgias de mudança de sexo.
A revista norte-americana The Federalist destacou ainda que é cada vez maior o número de médicos que têm aceitado casos de garotas menores de idade, que se identificam como sendo do gênero masculino e estão realizando mastectomias duplas (remoção dos dois seios) para evitar o “trauma” do desenvolvimento de mamas.
Citando um estudo no Journal of American Medical Association, a revista conservadora relatou que “alguns médicos nos Estados Unidos estão realizando mastectomias duplas em meninas saudáveis de 13 anos”, baseados na justificativa de “disforia de gênero — as meninas agora se identificam como meninos e, portanto, querem se parecer com meninos”.
O estudo coletivo foi realizado em uma clínica especializada em atendimento a jovens transgêneros e coletou dados de pesquisas sobre o uso de testosterona e desconforto torácico entre jovens e adultos transmasculinos que se submeteram à cirurgia. “Os jovens elegíveis tinham entre 13 e 25 anos de idade, foram designados para o sexo feminino ao nascimento e tinham um gênero identificado como algo diferente de sexo feminino. O recrutamento ocorreu durante as visitas clínicas e por telefone entre Junho de 2016 e dezembro de 2016”, diz o relatório.
Como efeito da ideologia de gênero, a disforia de gênero também é um problema crescente no Reino Unido, onde jovens encaminhados para “tratamento de gênero” aumentaram de 97 em 2009 para 2.510 em 2017-2018, um aumento de mais de 4.000% em 10 anos. “Alguns educadores já haviam avisado que a promoção de questões transgênero nas escolas geraria ‘confusão’ na mente das crianças e que incentivar as crianças a questionar o seu próprio gênero se tornou uma indústria”, pontuou o jornal The Telegraph.
“A Dra. Joanna Williams, autora do livro Women vs Feminism [‘Mulheres x Feminismo’, em tradução livre], disse que as escolas estão encorajando até mesmo as crianças mais novas a questionarem se elas são realmente um menino ou uma menina”, acrescentou a matéria do jornal.
A questão se tornou uma preocupação tão grande que as autoridades do Reino Unido lançaram uma investigação sobre o aumento de crianças que buscam a transição para o sexo oposto. Enquanto isso, nos Estados Unidos há também um impulso crescente para injetar drogas nas crianças, com o objetivo de impedir o início da puberdade.
“Pessoas razoáveis ficariam perplexas, se não repelidas, pelas declarações e ações de um pesquisador líder em tratamento de transgêneros. Em um estudo financiado por uma doação de US$ 5,7 milhões do National Institutes of Health (NIH), pesquisadores incluindo a Dra. Johanna Olson, do Hospital Infantil de Los Angeles, estão supostamente avaliando o uso de bloqueadores da puberdade e hormônios sexuais cruzados em crianças disfóricas”, denunciou a Federalist.
Na Inglaterra, 800 crianças disfóricas receberam injeções de bloqueadores da puberdade no ano passado, incluindo algumas com apenas 10 anos de idade. O aumento estimulou uma investigação no Reino Unido sobre o crescimento dos casos de crianças que buscam a transição para o sexo oposto, com as autoridades analisando o papel das mídias sociais em incentivar as crianças a considerar a mudança de sexo.
Anteriormente, a Dra. Linda Mintle, terapeuta familiar, havia pontuado que crianças muitas vezes enfrentam confusão sobre sua identidade de gênero, mas geralmente descobrem isso por conta própria: “É muito normal as crianças se questionarem com algumas ideias de gênero, mas geralmente resolvem essas questões quando chegam à idade adulta sem nenhum tipo de intervenção”, explicou ela.
“Minha preocupação é: se pressionarmos as pessoas pelo que elas estão sentindo no momento, de uma forma ou de outra, não estamos permitindo que elas lidem com as coisas como normalmente lidariam para descobrir quem são”, pontuou Linda. “A ideia dos adultos de pensar sobre crianças que não têm a capacidade de abstrair o que estamos falando é meio ridícula”, acrescentou.