O crescimento da população declarada evangélica registrado pelo Censo 2010 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi visto tratado como uma mudança social importante.
Entretanto, no Estado de São Paulo, o crescimento da confissão evangélica entre jovens superou a taxa de crescimento do segmento como um todo: 70% contra 61%, de acordo com os dados divulgados de uma amostra da pesquisa referente à região conhecida como ABCD, que compreende os municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.
“Esse crescimento também é atrelado a uma abordagem mais jovem, um público que ficou afastado por muito tempo. No final dos anos 1980, começo dos 1990, começou um movimento gospel que trouxe uma linguagem muito mais voltada para jovens, com músicas, por exemplo”, afirmou a professora de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo, Magali do Nascimento Cunha, em entrevista ao jornal ABCD.
Segundo Magali, não é apenas o discurso, mas o comportamento evangélico que tem atraído os jovens: “É uma linguagem que não é apenas jovem, mas uma cultura em que ser cristão não é ser ultrapassado, mas que pode ser algo moderno também”, pontuou.
Porém, de acordo com a entidade Servindo Líderes e Pastores (Sepal), o crescimento evangélico pode estar comprometido e não manter a mesma taxa nas próximas décadas: “Quando os evangélicos eram em torno de 13 milhões, tínhamos 880 missionários trabalhando em missões transculturais. Depois de pouco mais de 20 anos somos 45 milhões com apenas 3.200 missionários transculturais. A partir do ano 2000, o crescimento caiu vertiginosamente. Hoje existe apenas um aumento de 3,5 % em números de missionários enviados anualmente”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+