O atentado terrorista na cidade de San Bernardino, na Califórnia, levou muitos cristãos a aderirem em massa a aulas de manuseio de armas de fogo e tiro.
Os membros de diversas igrejas da região têm procurado o instrutor Geof Peabody, que oferece aulas gratuitas a cristãos que fazem parte do quadro de membros de qualquer denominação.
De acordo com informações da emissora de TV CBS News, o instrutor já capacitou mais de 500 pessoas ao longo dos últimos oito anos. Boa parte das aulas gratuitas são dadas a pastores e líderes, preocupados com a segurança dos templos.
Quando concluem os cursos, os alunos se tornam aptos a portar armas, e muitos destes carregam suas armas consigo, estando sempre a postos durante os cultos.
A busca pelas aulas gratuitas registrou um aumento após o massacre ocorrido em Charleston, na Carolina do Sul, quando o racista Dylann Roof executou nove pessoas durante uma reunião de estudo bíblico.
“A Bíblia nos diz para sermos protetores do nosso irmão. É apenas mais uma ferramenta”, comentou Bruce Shoff, membro da equipe de segurança de uma igreja. Já Micah Anderson, líder de jovens, destacou que seu propósito é estar pronto para “proteger a mim e minha família. O fato de eu trabalhar na igreja e também servir dessa forma é apenas um benefício adicional”.
Peabody destaca que ouve dos fiéis que o procuram quase sempre o mesmo sentimento de necessidade de estar pronto em emergências.
O deputado Andy Gipson (Partido Republicano), do Mississippi, afirmou que está trabalhando em um projeto de lei que visa permitir que as igrejas possam designar pessoas habilitadas para transportar armas. “A maioria das nossas igrejas são simplesmente abertas”, argumentou.
Atualmente, existe um consenso na população de que “as zonas livres de armas são imãs para bandidos”, comentou David Kopel, especialista no assunto do Instituto Independência. O presidente do país, Barack Obama, é contra a permissão de compra de armas sem necessidade de documentação.