Estudantes cristãos tomaram conhecimento da organização de uma conferência sobre bruxaria na Universidade da Nigéria e resolveram reagir. Cientes das consequências reais do contato com o mundo espiritual maligno, eles fizeram manifestações pedindo o cancelamento do evento, até que finalmente a programação foi cancelada.
Durante os protestos, eles carregaram cartazes com frases de alerta contra a prática da bruxaria. “Diga não ao encontro de bruxas e bruxos!!! Nós somos (a) comunidade cristã. Não polua nosso ambiente, por favor!”, diziam alguns letreiros.
“A Universidade da Nigéria pertence a Jesus. Então bruxas e bruxos, de jeito nenhum! Sem vaga!!!”, “Clamamos o sangue de Jesus pela Universidade da Nigéria. Por isso, rejeitamos todas as formas de bruxaria abertamente ou secretamente em nome de Jesus”, traziam outros.
O bispo Sam Zuga, do Ministério da Casa da Alegria, fundador da Fundação Samzuga, também se manifestou contra a conferência de bruxaria na universidade, observando que a Nigéria se tornou um dos países mais pobres do mundo, segundo ele, devido ao grande número de feiticeiros da África que foram para a região.
“Eu não posso ser um servo do Deus Altíssimo do Estado de Benue e permitir que você se torne um professor internacional de bruxaria, a conferência internacional de bruxaria não pode ser realizada em nenhum lugar da Nigéria”, disse ele, segundo o Bellievers Portal.
“Quando nações estão realizando conferências digitais para aprimorar a tecnologia, os professores da Nigéria estão ocupados organizando uma conferência internacional para ensinar bruxaria”, criticou o bispo.
Após a manifestação dos estudantes e líderes cristãos, a Universidade da Nigéria anunciou o cancelamento do evento, mas os organizadores alegam que é um direito deles realizar a conferência, amparados pela garantia da liberdade de crença e expressão.
“A conferência de bruxaria de Enugu será realizada, os cristãos não poderão parar com isso”, declarou um dos organizadores, prometendo mobilizar esforços para conseguir outro local na universidade para a realização do evento.
“A liberdade de expressão é um direito humano fundamental. A CAN e outras pessoas são livres para expressar suas opiniões, assim como temos a liberdade de realizar uma conferência acadêmica sobre bruxaria”, disse Uchendu, uma professora de história.