Uma organização de caridade cristã, liderada pelo pastor Peter Sewakiryanga, dedicada a acabar com o sacrifício de crianças e o tráfico humano em Uganda, ajudou as autoridades de segurança do país a caçarem feiticeiros que mataram um menino de 5 anos de idade.
O Ministério de Assistência à Criança de Kyampisi, fundado por Peter Sewakiryanga, revelou que o culpado foi preso durante uma operação intensiva realizada na noite da última sexta-feira, 15 de novembro.
A vítima era filha de uma mãe que já havia perdido outros dois filhos para a prática dos rituais malignos. “O garoto se chamava Wilson, 5 anos, morto com a língua cortada”, afirmou a organização em comunicado, de acordo com informações do portal UG Christian News.
“O primeiro menino desapareceu em 26 de setembro de 2019. Nesse caso, a mãe perdeu o segundo e único filho restante também para o sacrifício de crianças”, acrescentou o Ministério de Assistência à Criança de Kyampisi.
A entidade liderada pelo pastor Sewakiryanga enfatizou no comunicado que já lidaram com sete casos relacionados ao sacrifício de crianças em dois meses. “Continuaremos buscando outras pessoas amanhã [sábado, 16 de novembro de 2019]”, garantiram. “Por favor, ore pela segurança de nossa equipe que conduz a operação”, acrescentaram.
Relatórios mostraram que crianças e adultos em várias partes de Uganda são sequestrados por feiticeiros que os torturam e frequentemente os matam como parte de um suposto sacrifício espiritual, ritual que vem sendo combatido pelas autoridades ugandenses.
Os feiticeiros mutilam as crianças e usam seu sangue, tecido ou órgãos em rituais que prometem trazer proteção, prosperidade e boa saúde aos clientes. O pastor Peter Sewakiryanga abandonou sua profissão como contador para combater essa prática terrível. Ele começou a fazer campanha contra o sacrifício de crianças há cerca de uma década e administra a entidade de caridade cristã.
Com a ajuda de voluntários, Peter Sewakiryanga ajuda a reabilitar sobreviventes e aumentar a conscientização sobre a prática ritualística de feitiçaria, mantendo diálogo com políticos, policiais, promotores e juízes para levar os criminosos à Justiça.