Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, várias igrejas ao redor do mundo tiveram que fechar suas portas. Como resultado, cristãos foram obrigados a ficar em casa, mas alguns resolveram protestar fazendo um culto ao ar livre pelo direito de adorar a Deus no templo.
Isso aconteceu recentemente, na última quinta-feira (09), na cidade de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos. Cerca de 400 pessoas estiveram no local, próximo ao litoral, para protestar contra uma ordem do governador Gavin Newsom.
Apesar de um dos motivos da reunião ser o protesto contra a permanência do fechamento dos templos religiosos, o momento foi de adoração a Deus e não de discursos políticos.
“Estávamos protestando com adoração”, disse à Fox News o cantor Sean Feucht, líder de louvor na Bethel Church, segundo informações da Fox News. Ele explicou que o clima na ocasião deu lugar ao mover de Deus no coração das pessoas. Elas também aproveitaram para clamar pelo estado.
“Ninguém estava bravo. A gente estava dizendo: ‘Queremos adorar. Queremos declarar uma bênção sobre o estado da Califórnia’. Quando eles perseguem e discriminam, nós abençoamos. Queremos liberar a esperança e unificar o som da Igreja”, disse Feucht.
A iniciativa produziu frutos imediatos, pois já no outro dia, sexta-feira, uma nova reunião na praia de Huntington Beach reuniu cerca de 200 pessoas. O lugar virou um templo a céu aberto e teve até batismo sendo realizado.
Pelo fato de ser ao ar livre, os cristãos entenderam que não estavam violando regras sanitárias, pois mantiveram alguns cuidados mínimos necessários durante o culto.
“Nossa intenção ao levar a adoração para fora era de estar em um lugar onde poderíamos ter um distanciamento social”, explicou Feucht, destacando que o evento de adoração, em termos de público, não foi diferente dos protestos realizados no estado contra o racismo.
Feucht pontuou que se o governo local permitiu a existência dos protestos anti-racistas, não teria motivo para agir contra os cristãos que simplesmente se reuniram para adorar a Deus.
“Acredito que é hipocrisia, porque as autoridades do estado estão incentivando os protestos, e não desencorajando eles”, disse Feucht. “Na pior das hipóteses, é discriminação contra a igreja, porque não podemos nos encontrar em grupos com mais de 100 pessoas”.