Um homem armado invadiu uma congregação da Igreja Presbiteriana e abriu fogo, matando um fiel e deixando outros quatro feridos. O ataque aconteceu durante um almoço que era realizado após o culto matinal do último domingo, 15 de maio.
O atirador suspeito foi identificado como um homem asiático de 60 anos que não tem vínculos conhecidos com a Igreja Presbiteriana de Genebra em Laguna Woods, Califórnia (EUA). Pelas informações iniciais, ele não seria morador da vizinhança da igreja.
Os quatro feridos graves foram internados, e uma quinta pessoa sofreu ferimentos leves. Todas as vítimas são adultas e foram transportadas para hospitais da região, de acordo com informações do portal The Christian Post.
O criminoso foi detido por membros da igreja, que o amarraram até que a Polícia chegasse ao local. A ação rápida dos fiéis foi elogiada pelas autoridades como um gesto de “heroísmo e bravura excepcionais”.
Os investigadores que assumiram o caso, incluindo agentes federais, concederam uma entrevista coletiva no fim da tarde de ontem, mas não detalharam se o ataque estava sendo investigado como crime de ódio ou qual se a motivação seria terrorista.
O crime acontece meses depois que um parlamentar apresentou um projeto para revogar a proibição do uso de armas em locais como templos religiosos, uma legislação chamada “lei do santuário”.
Essa lei de 2017 cria espaços nas cidades em que o porte de armas é proibido, o que impede a defesa contra criminosos que deliberadamente ignoram a proibição e atacam pessoas indefesas.
O deputado que tenta reverter a “lei do santuário” é Kevin Kiley (Partido Republicano). Ele reagiu a um crime cometido em uma igreja por um imigrante ilegal, que matou a tiros três de suas filhas e um conhecido, antes de se suicidar.
Califórnia hostil
Laguna Woods é uma cidade no Condado de Orange localizada a cerca de 16 quilômetros da Universidade da Califórnia em Irvine. O estado se tornou um epicentro progressista nos Estados Unidos, com forte influência política da esquerda, com características hostis aos cristãos.
Ao longo da pandemia, muitas igrejas foram fechadas por medidas alegadamente sanitárias, mas tiveram sua reabertura prejudicada pelas autoridades, que deram preferências a comércios, shows e cinemas.
Disputas judiciais foram travadas pelas igrejas contra o estado da Califórnia, que sofreu derrotas consecutivas na Suprema Corte e, enfim, decidiu banir a proibição das reuniões em igrejas.
Em julho de 2020, o governador Gavim Newsom, do Partido Democrata, chegou a proibir cultos domésticos e grupos de estudo nas casas, sob a justificativa de combater a pandemia do novo coronavírus.
No mês seguinte, três igrejas decidiram processar o governador, que havia determinado via decreto a proibição da realização de momentos de louvor durante os cultos.
Um dos casos emblemáticos foi o do pastor John MacArthur, que se recusou a fechar o templo da Grace Community Church e, na disputa judicial, conseguiu uma vitória maiúscula contra as autoridades, recebendo uma vultosa indenização de US$ 800 mil.