Quase três em cada dez cristãos compartilharam sua fé com amigos e conhecidos não-cristãos nas redes sociais. Essa é a constatação de uma pesquisa realizada pelo instituto Barna Group, dos Estados Unidos.
O estudo faz parte de uma iniciativa da Lutheran Hour Ministries, que encomendou ao Barna Group a entrevista de adultos sobre como eles discutem e compartilham a fé nas redes sociais.
O relatório mostrou que 28% dos entrevistados cristãos relataram compartilhar sua fé com não-cristãos nas redes sociais, assim como 58% dos entrevistados não-cristãos relataram que haviam recebido alguma manifestação de fé no mesmo ambiente.
“Através de posts, comentários e perfis, muitos cristãos acreditam que a tecnologia e as interações digitais tornaram o evangelismo mais fácil”, observou o comunicado divulgado na terça-feira pelo Barna Group. “Ainda assim, as conversas espirituais estão carregadas na era digital, e as gerações mais jovens estão entre as mais cautelosas quanto ao engajamento”, acrescentou o documento.
Os dados do relatório foram extraídos de uma amostra de 1.714 adultos nos Estados Unidos, realizada online entre 22 de junho e 13 de julho de 2017, com uma margem de erro de mais ou menos 2,2%.
Outro trecho do relatório inclui a descoberta que 30% dos entrevistados cristãos afirmaram que eles são igualmente propensos a compartilhar sua fé online ou pessoalmente; 44% disseram que a tecnologia mudou a forma como eles compartilham sua fé; e 88% declararam compartilham sua fé online através de mensagens pessoais.
O relatório, chamado “Conversas Espirituais na Era Digital” tem 96 páginas com detalhes sobre a atuação dos cristãos no evangelismo nas redes sociais. “A tecnologia e as mudanças culturais rápidas podem ter alterado a face do evangelismo, mas a Grande Comissão continua. Esse novo relatório acompanha o que mudou para que os líderes possam orientar os cristãos a serem eficazes em compartilhar a imutável Boa Nova”, explicou o relatório do Barna Group.
Tony Whittaker, coordenador do Dia de Evangelismo na Internet no Reino Unido, afirmou ao portal The Christian Post em 2012 que as redes sociais exerciam um papel de grande importância no evangelismo: “Até recentemente, se alguém quisesse se envolver em evangelismo online, teria que ser uma atividade bastante intencional, ou seja, escrever um site ou blog“, explicou. “Mas com as mídias sociais, qualquer um pode fazê-lo. Você não precisa escrever ou oferecer presentes técnicos. O conteúdo tríplice do Facebook (ou YouTube e Twitter) com vídeos curtos é uma mistura poderosa”, concluiu.