O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e candidato ao governo fluminense, afirmou durante uma sabatina de jornalistas que a prática homossexual é pecaminosa.
A afirmação foi feita após ser questionado sobre os rumores de que teria aversão a homossexuais: “Por eu ser evangélico, acham que eu, ou os evangélicos, somos homofóbicos. Não tem povo menos homofóbico que o evangélico. O que os evangélicos querem é o direito de se expressar e dizer que o homossexualismo é pecado, como diz a Bíblia”, disse o senador a jornalistas do SBT, Folha de S. Paulo e do portal UOL.
Crivella ressaltou que sua visão sobre a homossexualidade ser um pecado vem da Bíblia Sagrada, e que o povo cristão evangélico quer exercer o direito constitucional de livre pensamento, expressão e crença.
“O pecado é uma coisa da alma de cada um, da crença de cada um. Eu sou pecador. Todos nós somos pecadores”, frisou, antes de acrescentar que convive com homossexuais em seu dia a dia, sem problemas: “Na minha família, tem homossexual. Na minha equipe de trabalho, tem homossexuais há anos. No meu partido, tem homossexuais há anos. Todos trabalham comigo e convivem”.
Os jornalistas, citando uma declaração do papa Francisco de que ele não estaria em posição de julgar, Crivella concordou, mas manteve sua postura de que embora creia que a homossexualidade é um pecado, nunca agiu de forma preconceituosa: “Cite um exemplo concreto, uma lei, um recurso, um discurso que eu tenha feito, ou uma atitude, ou alguém que se queixe [da minha conduta em relação aos homossexuais]”, argumentou.
Sobre a política, Crivella disse ter a impressão de que a disputa está “chata” por causa de disputas alheias ao interesse público: “É muita briga e muita vaidade. As pessoas não aguentam mais políticos brigando”, concluiu.