A visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao 37º Congresso Internacional dos Gideões Missionários (GMUH), em Camboriú (SC), foi marcada pela manifestação maciça de apoio ao mandatário, assim como pela entrega de uma placa em sua homenagem. Num breve discurso, afirmou que pretende cumprir a missão para a qual foi chamado.
Ao todo, cinco mil pessoas compareceram ao Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, onde o evento foi realizado. Outros milhares de fiéis, em sua maioria ligados à Assembleia de Deus, compareceram e tiveram que ficar do lado de fora.
Bolsonaro foi homenageado pelos pastores Zilmar Miguel, presidente do GMUH, e Hueslen Santos, vice-presidente. Na placa, a inscrição trazia o versículo 2 de Provérbios 29: “Quando o justo governa, o povo se alegra”.
Ao ser anunciado, o presidente foi ovacionado pelos presentes, e num breve discurso, lembrou do livramento de morte ao ser esfaqueado em Juiz de Fora (MG), no dia 06 de setembro de 2018. “Fui salvo por um milagre, agradeço a Deus por ter salvo a minha vida. Agradeço a vocês pelas orações. Atingimos um objetivo e este objetivo, eu entendo como uma missão de Deus”, disse, sobre a vitória nas eleições.
“Ao lado de vocês, pessoas de bem, tementes a Deus, nós cumpriremos essa missão […] Vocês sabem que Ele não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”, acrescentou Bolsonaro.
De acordo com informações do portal Uol, muitos dos participantes do evento afirmaram que é necessário paciência com o novo governo, já que ele está conhecendo a estrutura e tomando as rédeas de todas as áreas. “Ele foi colocado ali [na Presidência] pela mão de Deus. Mas é presidente pela primeira vez”, ponderou o aposentado José Maria Humberto Rodrigo, 67. “O projeto dele é bom, mas ninguém faz nada sozinho, não é? Temos que esperar”, acrescentou.
José Maria, que vive em Balneário Camboriú, contou que esteve em quase todas as edições anteriores do Congresso dos Gideões Missionários. Hoje aposentado, no passado ele já votou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas entende que agora Bolsonaro é o melhor para comandar o país.
Outra evangélica entrevistada, a jovem farmacêutica Aline Galvão de Melo Ferreira, 26 anos, vive em Manaus (AM) e também apoia o presidente. Sua escolha de voto em Bolsonaro se deu justamente porque acha que seu programa de governo está mais alinhado com os princípios cristãos.
Na visão de Aline Galvão, Bolsonaro estabeleceu e cumpriu metas fixadas para os seus primeiros cem dias de governo, e isso é bom que ela avalia como positivo e indica que sua maneira de governar é mais confiável. “Ele diz claramente que é a favor da liberação das armas. Eu, pessoalmente, sou contra as armas. Mas acho bom que ele tenha uma posição”, ponderou, ilustrando que o alinhamento dos evangélicos com o governo vem acompanhado de uma visão crítica.