Após as denúncias de desvios milionários de dízimos da Igreja Maranata, toda a cúpula da denominação, incluindo seu presidente, Gedelti Gueiros, estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal por uma série se crimes, incluindo estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
Entre as irregularidades investigadas pelo MPF estão compra de equipamentos de videoconferência de forma irregular em outros países, e o envio de remessas de dólares para o exterior. As denúncias envolvendo compra irregular de dólares aparecem até mesmo na investigação feita pela própria Maranata no final do ano passado. Já os equipamentos de videoconferência, que compõe um sistema que interliga os templos no Brasil e no exterior teriam sido comprados nos Estados Unidos e no Paraguai e trazidos para o Espírito Santo de forma irregular, na mala dos fiéis.
De acordo com os depoimentos, os pastores da igreja alegam que o dinheiro, que era levado para fora do país na mala dos fiéis, serviria para ajudar os “irmãos no exterior”.
De acordo com o Gazeta Online, o autônomo Julio Cesar Viana foi flagrado transportando rádios e projetores estrangeiros sem nota fiscal, dentro de uma mala. Viana, cujo nome aparece na descrição de vários documentos de caixa da Maranata, chegou a ser denunciado, mas apenas pelo transporte dos equipamentos.
A Igreja declarou-se tranquila sobre o caso e publicou uma nota na qual afirma que se antecipou e já procurou tanto a Receita Federal quanto a Receita Estadual solicitando que apurassem as possíveis irregularidades na compra dos equipamentos de videoconferência. Sobre as denúncias de envio de dólares para o exterior na mala de fiéis, o texto da nota afirma que desconhecem o assunto. A nota diz que “não há registro oficial na Igreja Cristã Maranata de envio de recursos financeiros para o exterior”.
Fonte: Gospel+