O ex-deputado federal Cabo Daciolo (Avante-RJ) voltou a negar o atentado contra a vida do então candidato a presidente Jair Bolsonaro no dia 06 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG). Agora, o político atribui o episódio a um planejamento que envolveria o pastor Silas Malafaia, a Maçonaria e a Nova Ordem Mundial.
Através de um vídeo em suas redes sociais, Daciolo classificou a facada desferida por Adélio Bispo como um “espetáculo” para encobrir uma cirurgia que Bolsonaro teria que ser submetido por conta de uma enfermidade.
“Vou revelar algo que está no meu coração há muito tempo. Eu não acredito em facada de Bolsonaro nenhuma. Cabo Daciolo não acredita. Vou dizer o que eu acredito: Bolsonaro estava com uma enfermidade e tinha que fazer uma cirurgia. E aí, a Maçonaria junto com a Nova Ordem Mundial montou todo esse espetáculo aí”, afirmou o candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2018.
Em seguida, tentou demonstrar convicção em sua tese usando o nome de Jesus: “É o que eu acredito, o que está no meu coração e estou revelando hoje para você. Se for de Deus o que eu estou falando aqui, isso tudo vai cair por terra em nome do Senhor Jesus Cristo”, disse o político, sugerindo que em breve surgiriam provas de que o atentado seria uma farsa.
Daciolo citou nominalmente o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) como parte da trama: “Observem que, logo depois da facada, no dia seguinte, o senhor Silas Malafaia já estava dentro do hospital convocando todo o povo em 7 de setembro, num dia importante para a nação, para fazer parte dessa caminhada desse governo maçom. ‘Tá’ repreendido em nome do Senhor Jesus Cristo”, disse.
Enquanto disputava a presidência da República, Daciolo se valia de menções a “Nova Ordem Mundial, Illuminati e Maçonaria” como adversários que manipulam a sociedade e dizia que essas organizações secretas teriam um “chega” caso vencesse as eleições: “Vocês vão sair da nação brasileira. A nação brasileira é do senhor Jesus Cristo”, disse uma vez durante seu isolamento para orar em busca de votos.
Ao final da campanha, o político de esquerda ficou em sexto lugar, com 1.348.323 votos (1,26%).