O esquema de propinas envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, a Fetranspor, está sendo investigado pela Operação Cadeia Velha, uma força-tarefa que reúne o Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal, e o prefeito Marcelo Crivella (PRB) foi acusado por um dos delatores de ter recebido R$ 450 mil de propina.
O delator Edmar Moreira Dantas, funcionário do doleiro Alvaro José Novis, afirmou em depoimento aos procuradores do Ministério Público Federal ter feito pagamentos em nome da Fetranspor para Crivella.
De acordo com informações veiculadas pelo telejornal RJTV, da TV Globo, na última quinta-feira, 23 de novembro, a pessoa responsável por receber os valores supostamente pagos a Crivella se chamava Mauro Macedo. Os encontros para os pagamentos teriam ocorrido entre 2010 e 2012, na Rua da Candelária, no Centro, número 9, em uma sala que seria alugada para o comitê de campanha do então senador.
Negativa
Marcelo Crivella enviou nota à TV Globo negando “veeementemente” ter recebido o valor citado na delação – R$ 450 mil em dinheiro vivo -, e afirmou ser vítima de uma “infâmia”.
No comunicado, afirmou ainda que “a suposta acusação ocorreu porque não concedeu aumento na passagem de ônibus e apoiou a redução no preço das tarifas”.
O prefeito, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, afirmou ainda que Mauro Macedo nunca foi parte de suas campanhas eleitorais, além de nunca ter sido nomeado no Senado ou na prefeitura.