Um novo caso de suicídio de pastor evangélico trouxe de volta a preocupação com esse assunto, já que um verdadeiro surto foi registrado em 2019.
José de Arimateia Sousa, da Assembleia de Deus no Maranhão, foi encontrado morto em casa no último domingo, 05 de janeiro.
De acordo com relatos de amigos e familiares, o pastor Sousa lutava contra a depressão nos últimos tempos. A própria esposa dele encontrou seu corpo na garagem da casa após voltar de um culto, na cidade de Santa Inês.
Segundo informações do portal Fala Nordeste, o pastor era ligado à convenção CEADEMA e deixou a esposa e um casal de filhos.
Em meio a uma série de suicídios de pastores, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, um grupo de sacerdotes brasileiros se reuniu com o propósito de estabelecer medidas preventivas e apoiar colegas de ministério que pudessem estar atravessando dificuldades emocionais e psicológicas.
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB-SP) realizou um simpósio em novembro de 2018 com foco em alertar aos sacerdotes sobre a necessidade de ações preventivas para que um diagnóstico evite desfechos trágicos.
O simpósio abordou problemas de saúde que comumente acometem pessoas que terminam por praticar o suicídio, como transtornos emocionais, depressão, síndrome de burnout, obesidade, sedentarismo e outros.
As medidas preventivas, segundo matéria publicada pela Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP) envolvem maior “proximidade entre pastores, práticas de atividades esportivas e até recusar excesso de compromissos estiveram nas sugestões para proteção da saúde mental”.
O pastor Abner Morilha, psicólogo, professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e coordenador do Programa de Mentoria do Projeto Josué, afirmou em sua palestra que é necessário combater elementos estranhos ao ministério pastoral, como a preocupação exagerada com “boa performance” do pastorado, e ressaltou que ambientes como o proporcionado pelo Projeto Josué são importantes por dar liberdade para abrir questões pessoais.
“É onde eu posso falar sem medo de repressão”, afirmou.
Confira a íntegra do simpósio: