As igrejas evangélicas suspenderam os cultos tão logo as autoridades determinaram medidas de isolamento social, mas passados dois meses do início da paralisação das atividades, parlamentares evangélicos têm agido para garantir a retomada das celebrações junto ao governo.
No estado do Amazonas, que soma 33 mil casos positivos de Covid-19 e 1.891 mortes, a bancada evangélica da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) estabeleceu diálogo com o governador Wilson Lima (PSC) para a reabertura criteriosa das igrejas juntamente com a reabertura gradual do comércio a partir de 1° de junho.
De acordo com informações do portal AM1, os deputados estaduais Dr. Gomes (PSC) e João Luiz (Republicanos) – pastor licenciado da Igreja Universal – confirmaram o acordo com o Poder Executivo.
João Luiz é o autor do projeto de lei que busca regulamentar a reabertura de templos e igrejas no Amazonas em meio à pandemia de coronavírus. As regras seguem padrões adotados em outras regiões do país, com permissão para ocupação de apenas 30% da capacidade de lotação dos templos.
O texto prevê, ainda, que os templos sejam organizados com o espaço de, pelo menos, uma cadeira entre os fiéis. “Tenho absoluta certeza que isso [a reabertura das igrejas] vai trazer muitos benefícios”, declarou o pastor deputado.
“Falamos ao governador da necessidade de centenas de pastores que estavam querendo retornar suas atividades. Assim como bares, restaurantes e comércios que precisam retornar suas atividades. E hoje falei com o governador que disse que vai incluir na abertura gradativa e de modo ordenado a partir de 1º de junho o segmento das igrejas”, acrescentou Gomes.
O pastor e deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) também comemorou a decisão do governo do estado, e pediu que o mandatário Wilson Lima antecipe a liberação para o próximo domingo, 31 de maio: “Para nós cristãos o domingo é o primeiro dia da semana, assim como, para o comércio é a segunda”, argumentou, acrescentando que os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD) também ajudaram no diálogo em busca de flexibilização nas medidas de isolamento social.